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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pratos sujos


Manoel sugeriu que Joaquim limpasse os pratos daquela manhã. Eram o primeiros pratos sujos do restaurante que acabara de nascer. Joaquim sorriu e concordou, Manoel estava a limpar o salão, ele teria que ajudar, além de contar o dinheiro e olhar a fachada. Nada fora tão longe. Sempre planos nunca ações concretas - seria a igreja?
A desconfiança o levou a um ato quase desesperado: investigar.
Uma noite, já prósperos para além de qualquer desgraça, Joaquim seguiu o velho amigo até onde fazia suas rezas: Estava a estranhar os diferentes locais por onde o trajeto o levava - Associação Cavalheiresca de Satanismo.
Traição para todo o sempre.
Quando Joaquim voltou preparou uma carta de despedida, arrumou sua mala, deveria ir ao Brasil. E se foi. Manoel voltou de seus ritos cotidianos, despediu-se dos colegas de culto e voltara a assobiando pelas estreitas ruas de Lisboa... Leu a carta. Nunca mais voltou a sorrir tanto. Enriqueceu para além da conta - nunca procurou o amigo: sentira-se traído.

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