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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Concêntricas e Exuberantes

Em seus leitos de morbidez,
Ela. Bêbada da melhor melancolia,
Ele. Imaginara aquele corpo soberbo,
Do outro lado do espelho:
Uma fraterna alma quase cega,
Feiticeira das agruras instantâneas!

Ele, tolo em seus anos, patético em seus arrependimentos:
Suspiros simplórios, o silvo do elã escondido na penumbra...

Ela, alimentava o servo distante,
O espaço diminuto de pequenas telas,
A magia dos minérios, metais e do trovão!

Trocavam ameaças libidinosas,
Esqueciam as santas ao redor,
Os castos cristos nos cantos,
Eram de si... Erram em si...
Silenciam a madrugada.

A Cósmica Flor Sobre o Ego Caótico

Lírio filho de uma única árvore,
Orquídea feroz e deslumbrante,
Rosa de difícil pathos - silêncio escolhido:
Ranúnculo desejoso, riso difícil!
Angélica só em aroma contínuo...
Jasmim de amarelo amanhecer e rubro crepúsculo;
Narciso das dores de um ego perdido
E escabiosa a adornar-me os sonhos 


sábado, 24 de setembro de 2016

Sob o Juízo Imensurável: Duas trilhas

Quando o olhar reluzente ou hálito salgado
Subirem teu ego de vasta planície árida,
As dores de outrora te guiarão,
A face do arrependimento se esfolará,
Irá arder as convicções da fé,
E tu, mil vezes abençoado, cem vezes perdida...

Renega tua condição oca e atroz!
Reluta sobre a ambição carnal e soberba!
Regurgita o orgulho que te move!

Verás os olhos do morto e toque da vingança:
Os velhos e novos amores que se vestem de dores,
As triunfantes vigílias dos servos de deuses vagos,
Então: aceita teu açoite ou vocifera contra tudo!

O meio caminho oblitera-te!
Elege os extremos!
Impede que se repitam...

Meus sentidos de razão, 
Minha confissão lógica, 
Desejo-te ciência sobre teus modos...

 

sábado, 17 de setembro de 2016

As Cinco Estrelas de Mafra

O veterano das planícies escuras das florestas de tomos observa pela enésima vez o mesmo tema, mais de um século de reflexão fora deixado sobre esta dúvida, um tempo incapaz de ter ocorrido para um único mortal pensar num assunto já visto! Ele, porém, goza dessa possibilidade...
 O senhor olha cada detalhe do amontoado de esquemas e soluções, alguns poemas, versos cabalísticos e holísticos... Há ferrugem em alguns mapas - Mafra, próximo a Lisboa. Uma profecia num velho livro turco?

Yıldız

umut
inanç
momentumu
ödeme
dengeli

Mais tarde, com o sono que a manhã traz, ao falar com um filho do outro lado do mar, mais informações... Agora um manuscrito em catalão?

El Tità dorm a la casa aquesta nit no acaba.  

Ele abandonou a pesquisa, certo que alguém encontraria, precisaria daquilo, se precisasse salvar o tempo... Em Mafra.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Os distoantes cios unos: Elenco


"O mundo só possui vítimas! Não seja tolo! Os culpados estão do outro lado do espelho."
(Ilusões, preâmbulo)

Lucius Salvatore: Ocultista e necromante, foi abraçado em 699 a.C. quando realizava estudos no sul da Sicília. Sua senhora era uma estudiosa dos mortos... Ele vagou pela Europa, até a Espanha a procurar por um local que pudesse provar a existência do Reino dos Mortos. No final da primeira metade do século XIII, ele estava no norte da Espanha, quando soube dos lupinos, lá com a ajuda de um jovem membro chamado Haone, conseguiu entrar em contato com uma entidade temida advinda de um plano sem nome... Seu servo fugiu amedrontado! No entanto, ele seguiu os desígnios da entidade, e logo encontrou um Gangrel de nome Ikker, que passou a ajudá-lo, na intenção de voltar a ser um homem vivo... Lucius descobriu os planos de uma matilha chamada Galhos-Quebrados e seu espírito-guia, Únic'Árvore. Descobriu ao consultar a demônio Awron, e servos de Baphomet capturados e torturados, que o verdadeiro poder de Únic'Árvore poderia mudar o destino do mundo! E fez possível para conseguir o que conseguiu...
Hatima: Nascida em algum momento um século antes da vinda de Cristo, no deserto do atual Sudão, ainda na barriga de sua mãe, Hatima recebeu de Opala uma missão e a capacidade de vagar entre os planos, ela deveria guiar homens e mulheres que se levantariam para evitar o domínio dos Sete Deuses do Caos ou dos Dragões Esquecidos... E assim ela o fez por muito tempo. Uma guerreira feroz e rebelde. Se ainda vive, seu paradeiro é desconhecido. Dizem que sua capacidade de combate era a mais próxima de Opala, foi a primeira criatura a ter autorização de usar as Joias de Opala (o Escudo, a Espada e o Pergaminho).
S. Cohesi: Nascido na metade da década de 70, em Gurupá no Marajó, Sandro é a terceira pessoa a receber de Opala uma missão e o poder de vagar entre os planos, além de poder compreender e falar um número ainda desconhecido de línguas. Dizem que sua linhagem remonta a de José e Maria. Ele conheceu Padre Ferreira di Paula, Arcano, Ifrid e Guilles Byron no final da década de 90, pouco depois de ter entrado em coma, devido a problemas de saúde, e no inconsciente ter conhecido Opala. Seu paradeiro é desconhecido.
F. Aguirre: A segunda mortal a ouvir uma demanda da própria Opala, nasceu na metade do século XIII no norte da Espanha. Sua paternidade e maternidade são desconhecidas... Quando atingiu a maturidade, começou a juntar um grupo de caçadores de criaturas sobrenaturais, principalmente metamorfos. Possuía uma grande mágoa de Gaia. Hoje, seu paradeiro é desconhecido.
Omeh: O "Anjo das Eras", principal articulador dos planos do Demiurgo de dominar a criação do Deus Máquina e levantar novamente o poder da Cidade de Prata. Não teme os Dragões Esquecidos, mas sabe do perigo que os Sete Deuses do Caos representam, todavia, não pode fazer nada ainda, precisa encontrar Arcano para descobrir o paradeiro de Tamiel; a criatura responsável por, supostamente, ainda ter contato com a Mãe Engrenagem neste plano...
Orcnosh: O "Demônio do Tempo", antes aliado de Baphomet, hoje inimigos. Diferente do Pacífico, acredita que além de Opala, dois grupos distintos de facetas criaram outras duas entidades capazes de enfrentar os Sete Deuses do Caos e os Dragões, se tratariam de Arka e Ana Perena. Seus poucos servos procuram por essas entidades; objetivos ainda são inexoráveis. Os servos de Baphomet o caçam, dizem que quer encontrar Lucius...
T45R: O tradutor que se tornou inválido na residência que habitava, em um remoto planeta distante, encontrou Ukombozi inconsciente nos confins ermos daquele mundo. Começou a juntar tecnologia e aliados para reerguer o poder do Titã e dominar seu mundo, quando recebeu a visita de Infinita, seus planos foram sensivelmente alterados... Seu exército cresce devagar, composto apenas por droides. É uma máquina melancólica e de extrema educação e etiqueta.
Iasynaan: Filha de uma dragonesa desconhecida, foi entregue a um casal humilde em um local remoto e afastado. Criada como uma humana normal, teve uma vida simples e tranquila até o momento de sua morte, durante o parto, quando seu espírito e de seu bebê ascenderam ao plano de sua mãe dragonesa... Lá, recebeu a missão de erguer o templo aos Dragões Esquecidos em Arkya e outros planos... Dizem que criou a doença draconia (que devastou Arkya diversas vezes) e possui mais de um reflexo nos planos (um seria uma múmia pérfida e outro seria uma entidade espectral maligna).

 

Sagas: Dores de um Parto Catártico

Joias que não brilharam,
Pequenos e singelos olhos fechados,
Bem perto do eternamente!
Diademas que não se esquecem e se levantam!
Filhos de uma Mãe Dragão! Filhos esquecidos!
Agora clamam e caminham:
Logo dor!

Chaves que se recusam,
Ser e existir; função inicial e última!
Reclusas em seus deveres, juntas;
Se reúnem entre as fronteiras,
Longe dos olhos dos Tiranos, Bárbaros e Loucos!
Indispostas - seguindo caminhas ladrilhados por quem?
Não ser!

Novos e caóticos:
Mágoas que tecem convicções,
Dores diante do espelho de cada um,
Um que a Morte teme, os rege:
São sete seres sedentos? Servis se sabedoria somarem?
Reunidos! Uníssono?
Amar só!

Três longos caminhos! Trilhe-vos... Te aguardo.

(...)

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Azheemaad-Anak'Rah

(Fragmentos das palavras de Opala)

Não há uma maneira fácil de descrever nossas mães. No instante que as palavras começam a surgir, o rosto dela, a voz dela, as ações dela pesam sobre seu dedo... Apesar de todo amor, respeito e dever para com ela, sempre há um pequeno, incômodo, espaço para um rancor com feições de ódio. Não adianta negar! Dezenas de justificativas surgem para isso... Elas entenderiam, mas se magoariam, sabe-se lá o que fariam com dor, quando formos mães também seremos vítimas da mesma incompreensão; e elas dirão que só nos amam, que não sentem nenhum rancor ou ódio por nós, e a verdade permanece nas mãos do inexorável...
Minha mãe é a mãe deste Verso. Não tente imaginá-la como se imagina uma divindade, este caminho está equivocado, tente imaginá-la como uma força física, talvez se aproxime do que quero dizer, entretanto, apenas talvez... Para lidar com a consciência, "inteligente" ou "racional", dos seres que ela mesma criou, suas facetas surgiram - cada ser ou agrupamento deles ajudava a moldar a faceta que ela apresentava para interagir com aqueles mais aptos a nível intelectual ou espiritual... Nem mesmo as primeiras criaturas da Antiga Atlântida puderem contemplá-la como ela realmente é... Eu tive essa oportunidade poucas vezes...
Meu primeiro nome foi Opala. Não pela cor ou a pedra que supostamente existiram antes de mim, mas elas que apresentavam uma semelhança com minha imagem... Minha mãe me criou por oitenta e sete eras em seu ventre... Quando vim a este mundo fiquei sob guarda de diversas das facetas dela, que eram uma parte dela, mas não exatamente Ela...
Às vezes, as facetas de minha mãe se tornavam tão adoradas que perdiam parte das essências originais, o poder dos humanos aumentava - seu conhecimento e ambições aumentavam! Logo, algumas facetas da minha mãe estavam deformadas de mais, e assim, pouco antes de nascer, nossa mãe não sabia quem poderia me guardar...
Quando, enfim, ela escolheu onde nasceria e a quem me entregaria, os ataque vieram, não foram promovidos pelo ódio cego, mas por rancores e trapaças; os três: Ex-Machina, Zayad-Zahadka e Romae-Drodezaf aprisionaram minha mãe; e tudo que restara eram suas facetas como os intercessores entre as criaturas conscientes e ela... Poucos seres conseguiam chegar até ela, lhes faltava Esperança, Fé, Equilíbrio, Ímpeto e Redenção...
Depois dos três, uma faceta se libertou de minha mãe, assumiu uma forma masculina, e começou a levantar sua soberania sobre Nova Atlântida, se chama Demiurgo, e se apossou recentemente do semi-plano de Ex-Machina, se este último tiver seu plano de volta, ele deixará os outros planos em paz, e talvez até me ajude...
Foi quando resolvi criar minha campeã, ainda muito nova e inconsequente - vivera muito tempo entre os humanos, e homens principalmente; lhe dei o nome de Infinita, e ela romperia o tempo e o espaço para ajudar-me a manter a criação da minha mãe! Mas ela não era o suficiente, então criei os Titãs, que me auxiliariam nos nove planos... Mas algo aconteceu a eles, e algo aconteceu à Infinita...
Sinto a dor do mundo todos os dias. Como uma ferida que apodrece e aos poucos aniquila tudo. Ele voltou, não sei seus objetivos finais, mas suas ações de intermédio já são danosas o suficiente... Desde que retornei ao colo de uma mãe, Aynnozama, não consigo mais intervir no mundo... Meus Titãs se revoltaram? Infinita está sendo controlada? Sandro Cohesi, Fernanda Aguirre e Hatima não me respondem mais, aqueles que escolhi como chaves entre os planos! Quem são os novos sete? O que querem agora? Aynnozama, minha outra mãe, quem são os Esquecidos que lhe flagelam? Ainda não estou pronta ou curada, mas preciso sair daqui, preciso reerguer minha mãe, cada vez mais ensandecida, apesar de liberta do cárcere, eras de aprisionamento a enfraqueceram demais, a doença do Reverso - a decadência planar - eu posso curar! Me custará muito! Mas posso fazer! Sei que posso! Onde estou? Preciso sair!





 

sábado, 10 de setembro de 2016

Os "novos" 7 deuses do caos


Diz uma lenda contada nos arredores das ruínas de uma cidade que um dia se chamou Growtya, que existiu uma entidade fascinante e inexorável, ela era chamada de Caos, apenas. Diferente de outras Intermitências, ele (a) não parecia estar interessada (o) em criar, apenas em destruir, e refazer resquícios, como uma válvula de reciclagem cósmica! Mas as outras Intermitências se reuniram com Geratrizes e Vetores, e decidiram aniquilar o Caos - e assim ocorreu. Eles apenas não sabiam que ele permanecia se lembrado, e cada resquício de suas ações ainda estavam se extinguido devagar... Algumas eras depois, seus fragmentos, já em agonia de extinção, conseguiram ir a remotos cantos dos cosmos e reuniram-se com sete entidades, assim gerando seus porta-vozes, os Sete Deuses do Caos (Azathoth, Chaugnar-Faugn, Cthulhu, Hastur, Nyarlathotep, Shub-Niggurath, Tsathoggua)... Eles tentaram se apossar da entidade chamada Opala, entretanto, isto foi sua perdição - eles foram derrotados por grupos de ambiciosos, audaciosos e utópicos, em diferentes eras e planos!
Nenhum deles foi aniquilado de fato, apesar de alguns deles terem chegado bem perto: Tsathoggua foi o mais enfraquecido, derrotado em mais de um plano... Separados, perderam as essências caóticas, e os Sete Deuses do Caos mais uma vez caíram no esquecimento...
Bom, Cthulhu permanece nas profundezas da Terra, R'yleh... Ele poderia ter sido enfraquecido de uma vez por todas se um ritual que reforçaria as raízes de Yggdrasill pelos planos tivesse dado certo! O avatar da Únic'Árvore, Erboryum teria prendido para sempre, inclusive, os sonhos de Cthulhu... Mas o tempo passou, aventura e desventuras não conseguiram sanar o ocorrido... E mais uma vez, as larvas-pensamentos do Deus dos Tentáculos agitaram-se na cabeça de seus servos... Dois filhos de Caim, dois amaldiçoados; um estudioso da morte, Lucius Salvatore, e um guardião dos bosques sem sorte, Ikker Perrón, iniciaram os passos para refazer os Sete Deuses do Caos: mataram a Fúria e a Magia do mundo...
Agora, os resquícios das essências caóticas procuram por conceitos-entidades, não tão fortes quanto Cthulhu... Sussurram no inconsciente coletivo dos desafortunados de razão e escolha, seis nomes que fazem humanos encolherem-se na solidão, e seres sobrenaturais esconderem-se nas sombras... a estática Zyrak (uma antiga divindade tecnológica de Carraig, inimiga de Drodezaf); a menina morta Irama (uma dízima da dor advinda da Antiga Atlântida); o devorador Lii'Bharu (um ente maligno aprisionado pelas divindades incas no fundo do Titicaca); a anciã amaldiçoada Agnã Gzaya (uma bruxa insana de incrível poder que vaga pelas matas); o semblante da noite Uxkã (um vampiro em estado de "graça", um dia conhecido como "A-Face-de-Tezcatlipoca"); e a vingadora Infinita (uma entidade guerreira criada pela própria Opala, mas controlada por Lucius)...

 

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A Crônica da Catacrese Heurística

Poderia ser mais simples dar nomes únicos a significados dinâmicos! O mundo está preenchido de conceitos, que definem algo em símbolos e signos objetivos, porém, se olhados com uma cautela, não necessariamente aprofundada, logo notaremos o quanto se desdobram os reflexos de significações e possibilidades de significantes, metafóricos ou não. Nunca algo é apenas o que é, ou talvez haja uma certeza ainda desconhecida, ou incabível na maioria das línguas, ou mesmo linguagens...

Quando cria-se... Bom, perdão. Sinceras desculpas: NÃO É UMA VOZ ARTÍSTICA, ou talvez seja, mas não quero que as significações imediatas do termo manchem o que está prestes a ser lido. Perdão. Quando a criação parte de uma mão, pouco a pouco ela vai abandonando o feitor. Cada pincelada na tela, cada verso do poema, cada molde na argila, aos poucos o criador vai abandonando a cria, o fôlego dela só surge quando ele termina; viva e livre...
Não seria tão diferente de Poemas Cósmicos, Versos do Pluriverso... Sim, é verdade que há um criador das realidades que nos circundam - sim! realidades, no plural! De acordo com anagramas encontrados em cavernas já esquecidas pela arqueologia, e nunca relatadas na história, seu nome é Azheemaad-Anak'Rah. Ela veio ao Suprarreal quando uma Intermitência se desfez; morreu. Naturalmente assim elas surgem, as Geratrizes Ininterruptas ou os Ultra Vetores; deusas ou deuses. Normalmente no plural, pois são compostos de diversas consciências e instintos da Intermitência que os gerou. Azheemaad-Anak'Rah criou diversas realidades (planos ou planetas), a penúltima foi Atlântida, como originalmente a Terra fora conhecida. Cada era ou cultura de Atlântida tentava compreender a Geratriz Ininterrupta, e assim conseguiam perceber um de seus sentidos, religiões primitivas, os primeiros conceitos filosóficos, as primeiras leis daquilo que um dia seria ciência àquele momento...
Diversos foram os problemas que a Geratriz enfrentou, ou teve que lidar. Ela foi derrotada, adormecida, quase copiada (o Pai Parafuso e a Mãe Engrenagem)... Antes dessas afrontas ocorrerem, alguns de seus aspectos conseguiram criar uma espécie de proteção, ou uma precaução a esses infortúnios, uma filha, uma joia. Ela lhe deu o nome de Opala, ou melhor, eles lhe deram o nome, pois naquele instante o panteão egípcio das primeiras dinastias manifestava-se com força descomunal, não demorou a ter o conceito espalhado para à Grécia e Pérsia próximas, e logo posteriormente à Índia ancestral, depois para os mais longínquos lugares daquele jovem mundo... Enquanto isso, Azheemaad-Anak'Rah acolhia uma poderosa dragonesa que vinha exilada de um Poema Cósmico remoto, e assim criou Arkya...

Pouco depois eles chegaram, foram derrotados, desmantelados, e quase esquecidos. Quase. Os Sete Deuses do Caos, trazidos por Romae-Drodezaf e Zayad-Zahadka... Sempre uma ameaça, como uma doença crônica dentro do Poema Cósmico; as Diademas Cáusticas. Depois, o conceito de Aynnozama trazia alguns flagelos consigo, que ficaram adormecidos por algumas eras, os Dragões Esquecidos; os Desesperos & Devastações... O Pai Parafuso, uma faceta do Deus-Máquina, conseguiu descobrir, em seu isolamento, pequenos vácuos e lacunas na ordem da própria Geratriz, as quais ele chama de Chaves Iconoclastas, e mesmo sem a possibilidade de controlá-las diretamente tenta manipulá-las, possivelmente para conseguir copiar as capacidades totais de Azheemaad-Anak'Rah - que encontra-se perto de seu fim, alguns dizem...
E por ora, hastes de flâmulas acabam por servirem de lanças e ferem, talvez de morte, júbilos de discernimentos conjuntos... Uma convicção clara de martírio nega-se a observar o quão patético são seus escudos, levantados para defender aquelas que o negam... A tolice regurgita vitórias! O patético abraça o ridículo, em esporros de violência que se transformam em certezas, supostamente viris! Eu, medíocre em meu claustro, medito sobre o palco incompleto e o espetáculo não encenado. Sem reticências.

(Mordaz)



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