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sábado, 30 de abril de 2011

O andarilho e o incauto desastre interior... II

Velha, arranhada e ordinária, assim era a frente da cabana que Sandro se aproximava. Havia apenas uma grande janela, o local era de madeira, mas parecia agradável, apesar do exterior grosseiro. Havia um cheiro bom vindo lá de dentro - seria comida? Ele entrou.
Ao unir-se, assimilar-se, o processo de transformação, ou transmutação de partes distintas é um tanto problemático, muitas vezes doloroso; a dor transforma - a ponte de mudança. Carlla voltara. Estava cansada, não tinha conseguido dormir ainda... Entrou na "Cabana Verde" e pediu um café. Sandro entrou logo atrás, mas não a viu entrando. Ele vestia pijama, se outras pessoas estivessem no estabelecimento, certamente seu constrangimento seria maior, mas tínhamos somente Carlla e o atendente que estava ausente, muito provável deveria estar nos fundos... A virilidade é uma virtude que pode se tornar um vício terrível ao primeiro sinal de ruína simplória, ou incompreendida. Ele entrou apressado, mas somente a viu. Ficou ruborizado e perguntou se alguém estava por lá, ela deu de ombros e e balançou a cabeça negativamente a tentar ignorar o óbvio disposto...
- Eu não sei onde estou... Na verdade, eu gostaria de saber e...
- Deve estar longe de casa. Deve estar com fome. Você está em Caiena... Ou melhor perto de Caiena...
- Estranho, eu... Eu... Estava em casa e... Bom...
- Estranho é você acreditar que isso pode me despertar algum interesse - ela colocou sua espingarda de cano serrado em cima da mesa e sua faca de caça. Ele se calou e procurou por alguém. Ficou com medo e seu semblante contorceu toda sensação de espanto.
Um senhor se aproximou. Percebeu o estado do rapaz e fez todas as perguntas que Sandro esperava, e a maioria das respostas também supriam as expectativas mais óbvias. Carlla não os olhava, mas ouvia e observava bem o "estranho". Ela tomou seu café, deixou o dinheiro sobre a mesa, saiu e aguardou. Sandro veio logo depois com roupas e algum dinheiro, ainda muito confuso e disposto a voltar para casa o mais rápido possível...
Com dores que puniam o sono e calejavam o sonho, Kanashiro se levanta. Observa a casa, não havia ninguém. Provavelmente deixaram tarefas e mais tarefas a serem realizadas. A porta do apartamento apertado e humilde tocou. Ele abriu. Era uma moça chamada Aleck, e disse que estava ali para falar com ele...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Glórias lapidadas na relva: O HINO DO PAYSANDU

No III CIELLA, o professor Elcio Loureiro Cornelsen comentou que o hino do Paysandu é o mais parnasiano dos hinos que viu no Pará... De fato, um hino da década de 20 traria ainda vestígios da escola parnasiana que surpreendeu intelectuais e eruditos de todo Brasil; mas passou... O hino acabou perdendo espaço para a marchinha, o que resultou em um fato curioso: poucos torcedores do Paysandu conhecem o hino original... Mas como Chico Science nos deixou: "Modernizar o passado é uma evolução musical!"... O Portal Cultura permitiu tal evolução! Não só com o hino do Paysandu, mas de todos os clubes que compõem a primeira divisão do campeonato paraense do presente ano, bandas locais construíram novas melodias para os hinos das agremiações... E a banda Turbo fez com o hino do Paysandu. Observe e escute a transformação, mas sem deixar de regozijar-se com a bela letra...
De vitórias e louros coroado,
Altivo, o Paysandu jamais temeu...
Tem um belo, honradíssimo passado,
São nobres as batalhas que venceu

Cada um de nós guarda no peito, 
Valor e orgulho extraordinários 
Das nossas cores têm respeito
Os mais pujantes adversários


"Lutar"! eis a divisa que trazemos!
"Vencer"! eis a esperança que nos guia!
Leais e destemidos seguiremos
A glória que o futuro nos confia!
Cada um de nos guarda no peito...


Somos jovens e ousados paladinos,
E sempre achar-nos-hão de gladio nu,
Elevando nos prélios mais ferinos
Com honra o pavilhão do Paysandu
Cada um de nós guarda no peito...


Amamos os combates! e na luta,
Como antigos heróis nos comportamos,
Por isso a voz do público se escuta,
Saudar o Paysandu com meus aclamos
Cada um de nós guarda no peito...

Decerto pensando em ti...

Decerto pensando em ti, ponho me à irritação!
O ego que me governa desloca-se do queixo soberbo,
O medíocre manto cobre-me por inteiro!
A hipocrisia é um fagulha ambulante de confusão,
E o semblante patético desfigura-me: corrói minhas palavras...

Decerto pensando em ti, sussurro ingenuidade ao vazio,
Prolifero sentimentos que trazem-me fraqueza,
Rememoro ânsias grotescas e pedantismo vão...
Me limito a dar-te um lugar estratégico - um querer provável,
Mas que escondo dos olhos alheios - até dos que confidencio...

Decerto pensando em ti, a incredulidade me preenche,
Tomo-me de assalto como um tolo desgraçado!
Assusto-me a cogitar um futuro incerto...
Derramo resignações sobre os ombros próximos...
E acordo todos os dias sem um vestígio sequer de esperança...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Padre é a tua mãe!


O rastro de corrupção é latente, nada comparado ao cheiro de cachorro pirento em dia de chuva! Mas ainda assim é forte o "fedor"... Ed sabia que a criatura estava ferida e sem muitas escolhas de fuga, logo teria que se arriscar naquela imensidão vazia, que merda...
Ele foi, pegou seu armamento recentemente comprado e partiu, ainda tomou duas cervejas de marcas desprezíveis antes de encarar a caçada... Encontrar a criatura no bar foi fácil, dar alguns tiros nela e depois surrá-la foi divertido, coisa de novato, e, como um novato, ele deixou que a maldita succubus fugisse!
Não há desertos pequenos. Sempre é uma droga encontrar algo por lá! Seja de baixo da terra, no ar, nas cavernas... É foda! Seguir um rastro infernal é coisa simples - a realidade tocada, passada, por uma entidade que venha do "fosso de enxofre", sempre mostra alterações sutis na coloração e no cheiro, dependendo da força do ser a impressão psíquica é mais forte... Uma succubus, a materialização dos desejos mais pervertidos de todo ser humano, deixa um cheiro forte no ar; sabe quando uma cachorra entra no cio e um bando de cachorros vai atrás, é mais ou menos esse cheiro... Um cheiro de mulher excitada - a manifestação pura de um odor de desejo! É maravilhoso até, se não passasse de uma dissimulação inteligente para lhe arrancar a vontade!
Quando Ed entrou no seminário, cansado de tanta putaria que já tinha vivido, ele não imaginou que fosse durar tanto! Mais de três anos dentro de um internato católico - mata qualquer um de tédio! Foda-se! É muita punheta!
Todo tipo de pensamento invade nossa cabeça quando andamos sozinhos. Pensamos nas drogas de agora e nas sequelas do passado, nas fodas de hoje e nas fodas futuras... Só merda! Mas... De repente a desgraçada aparece deitada na areia... Completamente nua, ferida - na realidade coberta com algum sangue, e inconsciente... Nossa ela é muito gostosa! Desgraçada, Ed gostaria que Deus desse uma dessas pra ele toda vez que mandasse um demônio de volta pra casa! Mas que desgraça a vida de bosta! Pensou, ao tentar se reconfortar: Destruiria a criatura, voltaria pra casa, comeria comida oriental e assistiria uns filmes pornôs...
Ele recarregou a espingarda, com lentidão, seu pênis ficava ereto a cada momento, e antes de atirar olhou pausadamente para a enorme bunda e para os seios volumosos da criatura quase humana... Foda-se! Uma punhetinha não faria mal... Ele começou a se masturbar ao imaginar sua mão apertando aquela carne desejosa, entretanto como de costume, a criatura se levantou e o atacou! Ela aperta seu pescoço com força! E ruge contra sua face! Os dentes viram presas e a língua salta como uma víbora! A baba é fétida e esverdeada!
Ele atira. A cabeça da criatura estoura.
Ele volta a bater punheta.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O andarilho e o incauto desastre interior...

Sem a mínima vontade que fora levada na noite anterior, Sandro acordou. A luz forte da manhã fez seus olhos serem cobertos pelas pálpebras novamente. Aguardou algum tempo, curto, e abriu novamente. O teto não estava lá, apenas um belo céu azul, com poucas nuvens e alguns pássaros... Ergueu-se de sobressalto! Observou em volta, decerto não estava em sua cama, ela seria bem mais macia que o chão de terra, e as paredes eram arvoredos e musgos... Deveria estar sonhando! O sonho consciente, ou pesadelo, sonambulismo puro... Não se incomodou - curioso como a mente tenta mentir para si - e tentou acordar novamente. Falhou. Achou tudo muito engraçado, mas sabemos como a razão é uma tia rancorosa que se incomoda com o mínimo despertar de qualquer satisfação, logo o desespero penetrou sua cabeça como um odor desagradável que penetra nossas narinas sem a permissão devida!
Enfim, levantou-se.
Fazia certo frio, certamente uma temperatura da qual não estava acostumado, começou a elaborar as hipóteses de ter ido para naquele local, começou a pensar em como pedir ajuda, e por fim, imaginou a preocupação que estaria dando aos familiares e a todos que se importavam com ele... Estava apenas de pijama, portanto: sem chance para celular ou carteira. De certo, teria que andar... E assim o fez.
Ele caminhou por longas horas pela floresta, viu maravilhosas paisagens que certamente não eram da Amazônia! Ouviu sons de diversos pássaros, de certo: era um local agradável, mas as condições não permitiam que ele gozasse o momento, precisava encontrar alguém ou pelo menos um telefone para alertar que tudo estava bem...
De fato, não estava.
A mãe chorava, as tias tentavam consolá-la, as primas e sobrinhas estavam resignadas demais para dizer qualquer coisa; o pranto era solução imediata... O que teria ocorrido a ele? O Como poderia estar vivo, mas não poder acordar. Os soluços só diminuíram quando a ambulância chegou.
O andarilho, pode ter o rumo caótico, mas de certo é afortunado. Sandro enfim encontrou uma cabana e seu ímpeto conduziu seu corpo para pedir ajuda e tentar descobrir onde estava...

Pavor: desejos da Chuva e da Noite...


Havia muito medo em cada gesto que fazia. Sentir medo é normal, todo mundo sente. Mas um medo abissal, uma certeza flagrante de que algo de errado, algo de mal irá acontecer com sua integridade metal ou física é sempre mais complicado... A urina ou as fezes manifestam essa sensação...
A chuva é uma desgraçada! Muitas vezes cai nos piores momentos, e com a noite envolvem-se em uma verdadeira paixão lésbica, em que o medo, das pobres almas que vagam de volta para segurança de suas residências, é um puro orgasmo... Acelerava o passo! Apertava os cadernos contra os seios! Olhava para os lados e evitava olhar para trás... Os sons da chuva, os sons da noite, gemidos ofegantes de gratidão ou sinfonias tantálicas de agonias pareciam que iriam enlouquecê-la! Ela praticamente corria em direção a sua casa... Os becos pareciam maiores que o normal, a casa dos vizinhos estavam diferentes - percebeu: pegou o caminho errado! Droga! Avançara uma quadra, teria que voltar e confrontar com seus passos anteriores, onde negara-lhe a possibilidade de "olhar para trás"...
Ela respirou forte... Seus olhos já se cobriam de lágrimas, já estava toda molhada e teria que fazer o retorno. Teria que passar pelas esquinas, onde jurava ter visto medos óbvios e mesmo terrores ancestrais - a violação, o sobrenatural, o instinto animal perturbado, o ímpeto dos subúrbios miseráveis... A coragem não havia, a necessidade assumia seu papel, chegava perto de meia-noite. Não tinha escolha.
Voltou.
E foi só.

O NARRADOR: Índio;


Nome/Alcunha: Índia, "Fera", "Arcano", "Pena-Rosa", Pauxis, "Nipo-Índio"...
Idade: 23 invernos...
Orientação Sexual: "Me envolvo somente com mulheres porque nunca apareceu meu príncipe encantado!"
Profissão/Curso: Estudante/Estagiário - Chato! Velho de 20 anos! Estudou muita coisa, mas nunca se formou em nada... Só gastando tempo e dinheiro, dizem que irá se formar agora... Será?
No RPG: Dificilmente joga, somente narra. Das poucas vezes que jogou teve que "puxar-o-saco" para sobreviver! Faz personagens elaborados e dramáticos que acabam fazendo só asneiras! Tenta falar bonito, mas precisa de um dicionário do lado (talvez seja porque ainda está aprendendo o português...)! É um narrador severo, ao menos que esteja envolvido sexualmente com a personagem em questão e...
Frase: "Me envolvo somente com mulheres porque nunca apareceu meu príncipe encantado!"
Sobre "a Índia": Um velho enjoado! Nada contra idosos, mas este aqui é um verdadeiro ranzinza! Fala com muita propriedade e experiência, mas não tem nem 25 anos! É um cara amigo, gosta de beber, fumar e falar coisas que pareçam interessantes, sendo qeu muitas vezes ele não tem base de porra nenhuma para falar... Talvez quando sua idade corporal alcançar sua idade mental (que já é de um ranzinza de 80 anos!), nem o asilo vá querê-lo!  Gosta muito dos amigos, e tende a tratá-los com educação e respeito (UAHuahUHAuahUHA), apesar da frescura cotidiana!
(Observação muito importante: EU ESCREVI ESSA AUTO-BIOGRAFIA! PORTANTO: PAPA, NÃO SE INCOMODE COM A SUA! TODOS SOMOS DA MESA! SOMOS AMIGOS E IRMÃOS! DEIXA DE FRESCURA!)

O JOGADOR: Papa

Nome/Alcunha: Anderson Maia, "Papa", "Caga na missão", "AMS", "Passarinho", "Papagaio"...
Idade: 21 anos;
Profissão/Curso: Estudante de Química Jurídica;
Orientação sexual: Acredita-se que seja heterossexual...
Frase: "Ê, bixo! Eu acho que tou porre..."
No RPG: O Papa gosta de magos, mas se deu melhor com vampiros... O Papa gosta de jogar com personagens místicos, astutos e sábios, mas só faz besteira com eles! Ele tenta jogar com outros tipos e as coisas vão melhores! Ele é um jogador antigo, mas não pode ser considerado veterano, porque algumas vezes seu instinto de calouro age de forma mais forte! Escreve textos bacanas para suas personagens, mas que nem sempre são aproveitados pelo narrador...
Sobre "Papa": Ele gosta de ler! Estuda bastante! O cara é trabalhador! O Papa é um cara legal... Mas, ele sofre de um raro distúrbio na língua que o coloca na condição de um falador nato! Em 40% dos casos muito das coisas ditas parecem válidas, mas nos outros casos... Ainda assim, Papa segue na sua incansável cura para tal moléstia que pode ser aliviada com severas doses de bebida alcoólica! Ele é um cara muito bacana (quase um humorista), um amigo leal e um revolucionário cativante! Faça parte da "Mesa do Arcano" e venha conhecê-lo!

O JOGADOR: Pedrinho


Nome/Alcunha: Pedro Henrique "Bezerrinha da Silva", "Eto", "Pretrinho";
Idade: 23 anos;
Profissão/Curso: Passista e jogador de pelada;
Orientação Sexual: Heterossexual - só no gingado!
Frase: "Meu vizinho jogou uma semente no meu quintal, de repente brotou um tremendo matagal...";
No RPG: Personagens, definidos pelo próprio jogador, como "bacanas"... Simplesmente são "bacanas"! Roupa bacana, carro bacana, gingado bacana, papo bacana...
Sobre o "Pedrinho": Quando inspirado, e isso depende do ritmo do samba, é um jogador bom, de dar trabalho aos rivais! Gosta de confrontos! É um exímio guerreiro... Já jogou com tipos mais diversos de lutadores, guerreiros, soldados... Já fora um apelão, mas desistiu por uns tempos... Já foi um jogador mais assíduo, agora, como uma estrela, aparece quando lhe convém!

vihmapiisad (gotas de chuva/raindrops)




soov

parandamiseks
Paljud tilka vett

Tilguti, tilguti, tilguti ...

uks
Valu
paar tilka pisarad

Tilguti, tilguti, tilguti ...

Kaks tänavatel
vihm
Paar tilka verd

...

Uma vontade
Um remédio
Muitas gotas de água

Pinga, pinga, pinga...

Uma porta
Uma dor
Algumas gotas de lágrimas

Pinga, pinga, pinga...

Duas ruas
Uma chuva
Poucas gotas de sangue

...

desire 
improve 
Many drops of water 

Drip, drip, drip ... 

door 
Pain 
a few drops of tears 

Drip, drip, drip ... 

Two streets 
rain 
A few drops of blood

Sonhos Cinzentos


Cinzas silenciosas saltam...
...saltam sobre as suas certezas
Soltas, sem certo saltar...

Dois olhos indagam...
Dois olhos fraquejam...
Se certo... Sim!

Dádivas esquecidas e acinzentadas
Dádivas de anos certos de incertezas
De anos sem dádivas dos céus

Sonhos em vermelho manchado
Vermelho manchado em tons dourados
Leve... Som... Suave... Cinza

Incertezas douradas sobre o futuro...
...preenchem um número inexistente...
...de mentes certas em sem número de incertas

Frio; parece chover lá fora?
Frio; emudece o sofrer da aurora?
Frio? O frio tão intenso... esquecido outrora

Lágrimas escorrem sobre sonhos gélidos...
Pobres vermelhos manchados... sofridos...
Pobreza de mentes tão cinzas... tão vãs!



(22/03/2007)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Nego Bode

Uma banda desgraçada!
Religião, filosofia, café, cigarro...
Um pouco de muita coisa está presente nas letras e na melodia de uma banda bem estranha... Um vocal espetacular e um baixo indiscreto são notas tortuosas sobre esse grupo de "coletores de estrelas".
- Loucuras do vocalista... Bem interessantes:

A porta; a ponte


Despojado de ciência, presume-se um óbvio patético. Ainda que tente-se construir passarelas entre abstrações tortuosas. Nada fácil. Perde-se palavras, portas abrem-se, portas fecham-se. Alguém senta e lamenta, alguém sai. E caminha.
Em meio a toda escuridão superficial da noite, alguém apenas procurava vagar... O rumo, destino, é muitas vezes tedioso, pensar na existência de tal entidade é o típico pensamento inútil... Aleck sabia disso... Ela sabia que olhares a seguiam, que sussurros poderia se intensificar, que o perigo já era patético em esquinas como aquelas. Ainda assim ela seguiu.

Flerta-se entre iguais

Fala-se, discerni-se, comenta-se:
Trôpegas tropas errantes!
Entre meus sonhos toscos,
E seus pesadelos medíocres,


Um bocejo equivocado,
Um arroto simplório,
Uma taverna decadente.
Ainda assim:
Seu olhar, meu sorriso e nossos desejos...


Um rio. Um rio no caminho; uma ponte sobre ele. O rio era marrom ou preto... Aleck olhou para cima, suspirou rapidamente, e voltou a fitar seu entrave: Uma cor entre as duas, um pouco de cada, por vezes só uma. A chuva parecia que ficaria apenas cogitada aquela noite. A lua se ausentava, mas algumas estrelas medíocres serviam para enfeitar o vazio tenebroso.
Dois quarteirões a separavam de seu sossego momentâneo, ainda que tedioso, necessário. Começou a atravessar a ponte pútrida. Um cadáver que resistia ao tempo. Bestas, demônios e o inominável surgiam entre tintas e pesares... Alguém queria atravessar: acima do peso, com uma estatura boa, cabelos lisos e desleixados, olhos pequenos, semblante frio e quase hostil; uma moça de sobretudo e botas. Se chamava: Carlla e queria estar em casa. 
Ninguém cedeu o caminho. Ninguém chegou ao seu destino. Pelo menos naquela noite.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Títeres Quiméricos

Nem sempre do alto ou do mais brilhante. Algumas vezes: escuro e profundo... Sussurros da floresta - entidades; consciências selvagens.
A Tarântula perguntou à Tartaruga se ela saberia entrar na frágil imaginação de um inocente. A Tartaruga, desafiada, afirmou que sim: e procurou alguém que corresponde-se as condições do desafio.
Cabo Arimatéia procurava Fabiana por todos os cantos do bairro. Bairro pobre que atende pelo nome de Guamá - nome de rio. A bela moça Fabiana procurava as ferramentas que lhe ajudariam no almoço. Arimatéia estava irritado, marcara com a moça antes do meio-dia, ela deveria se arrepender. Certa de seus anseios, a Tartaruga aproximou-se por caminhos vibrantes, ainda que sujos, procurou com calma: enfim encontrara uma inocente. E sem pressa de fazer qualquer coisa, Fabiana seguia. A Tarântula perdeu; invejosa, certa que sua rival riria dela, algo deveria ser feito: tratou de agir, e suas teias carregaram o sentimento de alguém que procurava um pouco de veneno - não que ela o tivesse, mas poderia arranjar... 
Tenazes... Tortas..
Teias... Turvas...
Terra... Torpe...
Quando Arimatéia encontrou Fabiana, finalmente, o sorriso da moça fez o jovem policial esquecer de qualquer problema, ciúme ou mágoa, mas quando o veneno conseguido pela Tarântula começou a fazer efeito... O amor, frágil desgraça essa que os homens constróem e com as quais os espíritos brincam. Dentro da floresta perguntam-se sobre devaneios tão tolos: e acabam por divertir-se com eles.
A Tartaruga vencera o desafio.

sábado, 16 de abril de 2011

Depravação Ínfima


Mágoa. Um sensação estúpida e patética! Objeto de adoração dos fracos. Após alguns minutos lendo os símbolos, ela poderia pedir, enfim, o que queria: e das regiões profundas de um cosmo distante seria ouvida... Notoriamente, ela já havia realizado diversas façanhas em nome de entidades difusas de conceitos abstratos e indefinidos...
Uma pequena criatura surgiu diante de seus olhos, como se saísse de dentro da chama da vela vermelha! Ela se assustou: sua primeira invocação ocorria da melhor forma!
A criatura caiu sobre o chão, era do tamanho de seu polegar, e começou a se levantar lentamente, como se acabara de acordar de um sonho profundo... Assim que percebeu onde estava, a criatura olhou seriamente para os olhos dela; ela estava admirada e ansiosa...
Então, o sermão começou.
Ela ouviu por quase uma hora que era fraca e inútil, que suas dores eram miseráveis e asquerosas. Dor por causa de comentários de amigas? Choro por motivo de insucesso profissional? Mágoa por que um homem havia recusado amor?
Ela, dito tudo, voltou a chorar. O pequeno diabrete estava muito irritado, mas relembrou que a fraqueza e o desespero (ainda mais vindo de um tola infantil como ela!) poderia ser valioso. E perguntou o que ela queria. Ela voltou a se entusiasmar e pediu todas as tolices possíveis, em troca ele pediu para que ela chorasse até que caísse sangue do mesmo canal de onde vinham as lágrimas! E ele estaria satisfeito! Ela, talvez, pensasse de forma bem mais agradável ao convocar o poder de onde a pequena criatura havia vindo...
A ignorância como praga bíblica. A desgraçada aceitou o trato.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

The sphere

Roll ...
The only sense ...
The are brave voices!

Proud feet!

The star looks for the ball ...
There is envy?


From the clouds:
The angel says in pain:
A man becomes!
Birth of a hero ...

A ball...

Spinning ...
A single talisman ...
And that's all!


A morte e a dor

O clérigo é alguém devotado...
A responsabilidade, o poder, o pesar...
Cada um reza para o que quiser...
Um machado é um símbolo de guerra voraz!
Alguns podem correr depois de um crime,
Profanar o solo de um templo:
A dor é a melhor oferenda a um deus da morte...

Lâminas regozijam-se com aqueles calcanhares!
O som emitido recebe o nome de grito:
E traduz toda dor daquele instante,
O marginal cai segurando a perna golpeada,
Como se qualquer gesto inútil fosse ajudar,
A dor não se incomoda de agir! Não ignora cores ou postos...
Ela abraça o arrogante marginal, que agora apenas pode cair em lamúrias animalescas...

O algoz poderia dar-lhe um fim,
Mas um fim é para um homem e lhe seria muito digno...
Ele irá saborear cada momento daquela dor,
E dia após dia irá vê-lo:
Para ter certeza que aquela chaga não ficará curada.

O arrependimento nunca nascerá:
A moral estúpida do infeliz afogou qualquer pesar,
Em outro cosmo: Leen, ou Ragnar, saboreia o fétido odor de morte que cresce...
O clérigo segue alimentando o jovem imprudente...
Ele reza para morrer,
Entretanto - a dor ainda irá durar muito...
O calcanhar é apenas um pedaço inchado de carne apodrecida.
Não muito melhor que a vontade do adolescente...

Travinha


O pai vê o pequeno filho jogando bola na frente de casa:
Duas pedras delimitam o que seria uma trave... Não que de alguma forma isso irá incomodar!
O jogo segue.
Correndo, gingando, suando! Dribles! Vaias!
Vários garotos esperam a vez: gordinhos, magricelas, negros, claros, mestiços de toda sorte...
Faltam nove jogadores para se pensar em tática...
Ainda assim, a vontade vence o asfalto quente que esfola a ponta dos dedos e... E... É é gol! Todos vibram! Menos a dupla derrotada na travinha. Perderam a vez... Depois de sete triunfos consecutivos...
A felicidade vencida, o breve orgulho conquistado, dói no coração de cada menino... O mais escurinho baixa a cabeça ao som da vibração dos demais vencedores... O outro apenas se senta calado na calçada... O jogo recomeça!
A derrota golpeia as crianças de forma terrível... O filho não chora: nos ímpios de um moleque, a felicidade renasce a cada novo chute!
O pai sorri e vai comprar pão...

Vampiro: A Máscara - Os Ancillae...

Os Ancillae...

ATRIBUTOS - 8/6/4;
HABILIDADES - 15/11/7;
ANTECEDENTES - 7(2)*;
DISCIPLINAS - 6(7)*;
VIRTUDES - 7(5)*;
BÔNUS - 25;
* Referentes ao Sabá.
Obs. - Geração inicial é a 12ª... O Antecedente ARCANUM , IDENTIDADE ALTERNATIVA e PRESTÍGIO DO CLÃ estão ao acesso dos personagens e GERAÇÃO não está disponível! Somente como Qualidade:

Geração (2 a 10 pontos):
- Por dois pontos você pertence a 11ª geração, podendo armazenar até 12 pontos de sangue e utilizar 1 ponto de sangue por turno;
- Por quatro pontos você pertence a 10ª geração, podendo armazenar até 13 pontos de sangue, utilizar 1 ponto de sangue por turno e ganha +2 pontos para as Habilidades e -1 ponto em Humanidade/Trilha;
- Por seis pontos você pertence a 9ª geração, podendo armazenar até 14 pontos de sangue, utilizar 2 pontos de sangue por turno e ganha + 2 pontos para as Habilidades, +1 ponto para os Antecedentes e -2 pontos em Humanidade/Trilha;
- Por oito pontos você pertence a 8ª geração, podendo armazenar até 15 pontos de sangue, utilizar 3 pontos de sangue por turno e ganha +4 pontos para as Habilidades, +2 pontos para os Antecedentes e -3 pontos em Humanidade/Trilha;
- Por dez pontos você pertence a 7ª geração, podendo armazenar até 20 pontos de sangue, utilizar 4 pontos de sangue por turno e ganha +4 pontos para as Habilidades, +3 pontos para os Antecedentes, +1 ponto para as Disciplinas e -4 pontos em Humanidade/Trilha.
Obs. – A pontuação obtida através da compra de tal Qualidade, deve ser distribuída após o uso dos pontos de bônus.








By ARCANO

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Liebe Vasall




abgebrochenen Zahn
Thief Wallach
dente quebrado
Ladrão castrado

Historische/Passado

müden Knochen
Broken Schiff
ossos cansados
Vaso quebrado

um gato no sofá
eine Katze auf der Couch

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