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segunda-feira, 28 de julho de 2014

O Poder dos Céus: Anjos para Storyteller

Direto dos arquivos da finada Dragão Brasil! Regras para Anjos no sistema Storyteller, com um anexo produzido pela MeSaDaRcAnA! Além de uma ficha/planilha própria
(Clique aqui: Anjos para Storyteller para fazer o download)

Assunto: Retalhos

De: sandrocohesi@miracles.org
Para: edkepilo@miracles.org

Há muito tempo não vejo Gabriel. Deparei-me com algo nenhum pouco ínfimo, ainda que pequeno: Tsathoggua. Reparei em cada detalhe da arte escrita diante de mim... Não mais observava refletia - constantemente sono. Dormia, refletia. Uma semana sem sair de casa. Ainda refletindo, ainda dormindo. Iniciou um processo de pânico.
Não durou mais dois dias. Curar-se de medo é um processo que pode levar uma vida inteira. Todavia existem muitos remédios para alívio imediato: álcool é um deles. Retomei-me, depois daqueles dias entorpecido no reflexo das palavras daquela obra. Influxo?
Minha última conversa com o Padre presenteou-me com invariáveis verdades. Ele as trouxe depois da última viagem, a descida ao sul do Pará. Não faço ideia, ou pior: sei sim, das correntes de angústia que atravessaram sua mente. Sete deuses do caos. Sete camadas de verdades. Sete variáveis universais. Sete semblantes do ursupador e da regalia. Sete começos e sete finais. Quantos diminunem o orgulho? Quantos imputam saber no que se perdeu e experenciou?
Dores assim não passam. Persistem bem a fundo. Por mais tempo que poderia convir uma alma desejeitada, como a minha... Havia algo capaz de sana´-la novamente? Fui procurar. Estava perto de passar...
Ozymandias
I met a traveller from an antique land
Who said: "Two vast and trunkless legs of stone
Stand in the desert. Near them on the sand,
Half sunk, a shattered visage lies, whose frown

And wrinkled lip and sneer of cold command
Tell that its sculptor well those passions read
Which yet survive, stamped on these lifeless things,
The hand that mocked them and the heart that fed.

And on the pedestal these words appear:
`My name is Ozymandias, King of Kings:
Look on my works, ye mighty, and despair!'

Nothing beside remains. Round the decay
Of that colossal wreck, boundless and bare,
The lone and level sands stretch far away".
(Percy Shelley)

sábado, 26 de julho de 2014

A última esteira possível e o que não se diz

Gargalha, com hercúleo poder! Segue risos e galhofas - um lado. Um lado acordado, porém tolido. O outro lado, esculpido e cativado, suspira, e sorrir, tentando ajudar e entender. Um lado é forte o outro tenaz.Juntos dobram os joelhos e fazem súplicas transbordarem. Assim legitima-se com a escolha cósmica: sumo-sacerdote da multi-utopia-titã.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

O divino legítimo

Lançava-se sobre o chão!
Debatia-se! Urrava!
Não havia angústia em músculos ou nervos...
Nem arrependimento.

Frustração satânica talvez?
Irremediável culpa simplória?
Não errara?
Fazia?

De outro céu, dois sóis, muitas luas...
... de lá o escolhera!
Tolerava certezas demagogas? Mesquinhas? Febrís?
Grandiosas? Virtuosas? Maquiavélicas?

Via de longe:
Cães da selva e do frio - farejando o icógnito títere:
A própria ilusão, o reflexo de uma garra:
A distância entre os olhos e a morte.

Rezava.
Deus ou deus?
Fauna infeliz... Deveria divertir-se dela:
Enviou olhos e vontade a eles! E escolheu a ironia...


Quando Cabeças Colidem: Rolando dados e crânios

Inimaginável pensar ter certeza da sutileza cósmica? Há uma certeza grandiosa no afirmado. Na ponta da arma, em meio à pólvora estava assim: um punho forte e um olhar tenaz. Tolos ambos e um mais estúpido. E o genial? Não estava lá, preparava um bote ao enigma das coisas. Sorria aos deuses da ordem e do caos. Colocava com maestria sua máscara, pedaço do próprio semblante, gozava do tempo. Era.

Períodos retraídos!

- Há quem diga que aquele é um novo Baruk!
- Quem seria tolo de tal?!
- Ouvi chiados tais...
- Há de ser outro?
- É fato que não.
- O que cai na estrada de Chronos não rola em direção ao norte ou ao sul, a linha se junta.
- Como tudo no final?
- As cabeças que rolam e se batem, quase sempre são as mesmas cortadas...

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Suspiro Ignóbil: Cascalhos febrís

Lembra do Huerta? O alto Huerta? Dos clamores mágicos e resistência profana... Pena, amigo... Pedindo pena! Faz-me rir, tolo, sozinho... É de rir... Levou-a! Que tenham o infinito. Só rindo e apenas!
Gabriel, é o Arcano de muitos de nós... Interrompa isso!
Meu amigo, sei que somos, interrompa isso... Suas palavras são excelentes para criar dores, mas melhores para criar esperança... Noções de beleza da alma... Não precisa...
Não? Não, Dablo? Tivestes perdas, meu caro... Sabes... Tens certezas infames e verdadeiras... Eu?
Deixa. Ela o amo, amigo.
Ela amou desvaneios. Ela quis idotas entorpecidos de futilidade ínfima que não há de curar. Faço o futuro como base de linha reta. Pessoa! Não eu...
Agora? Versos? Tens certeza...? Que momento desonroso. Amigo, largue esses versos, essa dor. Amar, não sei, mas deveria ser o suficiente... Não a vodka. Concorda?
Concordo com a alteridade cósmica infinita e deplorável! Anelson, Sandro, Lordenzzo, Huerta... TOLOS! Talvez, talvez, quase certo, menos que eu! Creio em um deus ínfimo dentro de mim, que serve para esperanças vis... Medíocre! Sou devoto da mediocridade servil; um...
Cala-te! A tolice tomou-te quando a embriaguez reforçou-se! Olha, não. Escuta: Lança esse ódio que te faz mal, não mal ínfimo desses que se repete, mas mal que se desfaz quando se acorda... entende? Tsangozha, meu amigo...
Quero a veia infinita da cosmo.Desfazer-me. Nulo, não todo.
Misericórdia própria? Isso não combina contigo. Cala-te. Tolo infinito... Silencia-te.
De pronto. Onde estão? Os profetas dos conselhos severos? Onde estão as virgens do deserto imprestável?
Lamento... Torpe de rancor estou. Torpe de arrpendimento. Não sei se é falta de pureza ou falta de dor. Dooooooooooooooooor. Infinita! Necessária... ou simplesmente, sincera.
À dor. Então?
À dor.

Flores sem Pétalas

Meu amigo Arcano,

Já tentei entender. Me esforço todas as vezes que olho meus cadernos de anotações, e os livros que me recomendaste. Já fui vê-lo, três vezes... Bom homem. Sinto falta de ter certezas, ter a dúvida como condutora em uma ponte quebrada: angústia imortalizada. Fui a Sangoza (assim se escreve?), como me pediste. É um povoado bem pequeno no interior da China. Se tiver trezentas pessoas: são muitas! Levei duas horas pra iniciar a meditação, por fim o pedido e a permissão de Nossa Senhora, pra poder levar-me até lá. Tu ainda rezas? Meu pai é muito devoto, mais do que podia imaginar... Bem mais.
Havia o resto. Ruínas. Nenhuma resposta, Gabriel. Nenhuma. Tinha algo do Pit inscrito ali. Selando algo? O que aconteceu lá?
Um aldeão, que pode me ver recitou algo, na língua deles, que ouvi com a alma e traduzi:
O rato sobe os céus
Em lanças afiadas
Olha pros deuses
Faz-se ouvir
Se mordesse
Vazio
Iria
O que aconteceu ali, meu amigo? Se você souber, não poupe suas palavras. Falharam por certo? Vitória? Como reconhecer o sangue que jorrou, ou as palavras de acalentaram os deuses?

Marcos Cícero (Devoto)

terça-feira, 15 de julho de 2014

O jovem e o enigma de Tsangozha

Memória: - Encontrei uma feroz vontade de várias formas. Caminham unas e certas - a convicção toma o ar.
Rochas: - São muitos os filhos perdidos do deserto, das montnhas, das neves - misericórdia nem sempre os alcança.
Tsathoggua: - Infinitos equívocos sobre minha condição? Dizei, acolhedores! Por sempre ignorando: traços objetivos de seriedade - de fé?
Memória: - Encontrei um furioso vórtice de várias dores. Voava disperso e caótico - o desespero engole os céus.
Rochas: - São poucos os filhos perdidos da montanha, do deserto, do frio - maldição sempre os enlaça.
Tsathoggua: - Rumo destituído de minha fúria. Garanto. Semelhantes em estirpe se precipitam com eras vindouras... Renovo meu anseio por vê-los: saudosos do confronto - que devem vencer.

Desculpas sem dores

É comum pedir desculpas, ou mesmo perdão. Tão normal que se esquece se realmente queremos ser desculpas, não mero protocolo social, ou se de fato estamos arrependidos. Pedimos pelo mal que fizemos? Pelo erro em si? Para compensar a irritação alheia? Palavras tão insignificantes, ditas em tom de correria cotidiana, de fato deveriam ser levadas em conta? Somente por quem ignora sua própria condição justa de sentir a dor pelos outros. De dever sofrer pelo mal que causou aos outros que lhe justificam como indivíduo - uno e todo. A dor alheia deve ser exposta, deve haver pesar no perdão e na desculpa - meserabilidade de ter falhado e humildade reconhecida ao lamentar-se. Assim, talvez, de fato, perdoe-se.

Aquele que segura a espada


Observou o cansaço que preenchia o ar: sangue, fezes, suor - muito suor... As cinzas apagavam as chamas da cólera - doença da morte - impassível. A tolice continuava, quase-mortos pertinente e teimosos, vivos insensatos - levantou-se. Aproximou-se dos hereges: ignorantes de sua benevolência, certos de uma sabedoria ignóbil. Perdoou os que reconheceram seus pecados, e o perdão suplicaram... Tirou de sua presença e dos fieis: a tolice amarrada à alma de outros.

A virgem de Tsangozha

Nenhuma dor
Nem divindade
Exposta
Oculta

Sentença
Tolice
Muita cólera
Algum riso

Medita além
Coisa nula
Rasura
Blasfêmia

Vetor
Senda
Certeza justa
Brecha infame

Equívoco vivo
Duas almas
Cruel
Sensato

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