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segunda-feira, 25 de abril de 2011

O andarilho e o incauto desastre interior...

Sem a mínima vontade que fora levada na noite anterior, Sandro acordou. A luz forte da manhã fez seus olhos serem cobertos pelas pálpebras novamente. Aguardou algum tempo, curto, e abriu novamente. O teto não estava lá, apenas um belo céu azul, com poucas nuvens e alguns pássaros... Ergueu-se de sobressalto! Observou em volta, decerto não estava em sua cama, ela seria bem mais macia que o chão de terra, e as paredes eram arvoredos e musgos... Deveria estar sonhando! O sonho consciente, ou pesadelo, sonambulismo puro... Não se incomodou - curioso como a mente tenta mentir para si - e tentou acordar novamente. Falhou. Achou tudo muito engraçado, mas sabemos como a razão é uma tia rancorosa que se incomoda com o mínimo despertar de qualquer satisfação, logo o desespero penetrou sua cabeça como um odor desagradável que penetra nossas narinas sem a permissão devida!
Enfim, levantou-se.
Fazia certo frio, certamente uma temperatura da qual não estava acostumado, começou a elaborar as hipóteses de ter ido para naquele local, começou a pensar em como pedir ajuda, e por fim, imaginou a preocupação que estaria dando aos familiares e a todos que se importavam com ele... Estava apenas de pijama, portanto: sem chance para celular ou carteira. De certo, teria que andar... E assim o fez.
Ele caminhou por longas horas pela floresta, viu maravilhosas paisagens que certamente não eram da Amazônia! Ouviu sons de diversos pássaros, de certo: era um local agradável, mas as condições não permitiam que ele gozasse o momento, precisava encontrar alguém ou pelo menos um telefone para alertar que tudo estava bem...
De fato, não estava.
A mãe chorava, as tias tentavam consolá-la, as primas e sobrinhas estavam resignadas demais para dizer qualquer coisa; o pranto era solução imediata... O que teria ocorrido a ele? O Como poderia estar vivo, mas não poder acordar. Os soluços só diminuíram quando a ambulância chegou.
O andarilho, pode ter o rumo caótico, mas de certo é afortunado. Sandro enfim encontrou uma cabana e seu ímpeto conduziu seu corpo para pedir ajuda e tentar descobrir onde estava...

4 comentários:

Cavaleiro ED disse...

porra esperando o proximo!!!

Aline disse...

!

Aline disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Aline disse...

E você ( S---- ) é o andarilho que, mesmo ao longe, me acompanha na secreta sombra deixada pelo sol...

Tenho um andarilho particular ou não entre teu conto e minha vida.
dê contínuos a ele...

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