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quarta-feira, 13 de abril de 2011

A morte e a dor

O clérigo é alguém devotado...
A responsabilidade, o poder, o pesar...
Cada um reza para o que quiser...
Um machado é um símbolo de guerra voraz!
Alguns podem correr depois de um crime,
Profanar o solo de um templo:
A dor é a melhor oferenda a um deus da morte...

Lâminas regozijam-se com aqueles calcanhares!
O som emitido recebe o nome de grito:
E traduz toda dor daquele instante,
O marginal cai segurando a perna golpeada,
Como se qualquer gesto inútil fosse ajudar,
A dor não se incomoda de agir! Não ignora cores ou postos...
Ela abraça o arrogante marginal, que agora apenas pode cair em lamúrias animalescas...

O algoz poderia dar-lhe um fim,
Mas um fim é para um homem e lhe seria muito digno...
Ele irá saborear cada momento daquela dor,
E dia após dia irá vê-lo:
Para ter certeza que aquela chaga não ficará curada.

O arrependimento nunca nascerá:
A moral estúpida do infeliz afogou qualquer pesar,
Em outro cosmo: Leen, ou Ragnar, saboreia o fétido odor de morte que cresce...
O clérigo segue alimentando o jovem imprudente...
Ele reza para morrer,
Entretanto - a dor ainda irá durar muito...
O calcanhar é apenas um pedaço inchado de carne apodrecida.
Não muito melhor que a vontade do adolescente...

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