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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Na cozinha




muitos odores: 


de alho, 


de suor, 


de arroz queimando... 


de lasciva! 


Dele.... dela... 


da cozinha...

domingo, 28 de agosto de 2011

Os invasores

As coisas demoraram para fazer sentido. Meu cachorro morreu, dois do vizinho já haviam morrido. Mas como fora dito: depois tudo fez sentido.
Eles vieram dos céus. De início, eram poucos, acredito que um casal e um que tinha apenas um pé. Todos eram belos e singelos. Calmos e silenciosos. Acredito que vieram depois de verem as doações diárias que fazíamos aos passarinhos. E então, sem demora, começamos a ajudá-los.
Toda manhã distribuíamos um pouco de comida. A tardinha mais um pouquinho. Mas sem percebermos essa doação tornava-se obrigatória.
Um dia as fezes começaram a surgir. Não traziam tanto incômodo, de início tudo parecia cômico. Até que uma amiga médica sentenciou: "Isso faz mal. Tomem cuidado. Animais morrem."
Então paramos de alimentar nossos hóspedes, que agora eram muitos, não mais tão gentis e não raro agiam de forma agressiva. Por vezes de maneira sorrateira distribuía algo aos passarinhos, mas eles sempre estavam pro perto para roubar algo! Comecei a ser mal-educado e xotá-los de várias formas! Ameaçava com a vassoura ou com o cinto... Além de pronunciar muitos palavrões!
A reação foi pior que o esperado. Os hóspedes começaram a invadir a cozinha! Pães e até carne eram roubadas! Estavam tentando nos envenenar!
Várias propostas foram feitas em uma assembléia noturna entre os residentes da casa. Nenhuma foi consensual: tela, cortinas, gaiola, pedrada... E, talvez, veneno. Muitos reagiram contra o veneno! Não! Seria um crime! Eram invasores, sim, mas não mereciam a morte.
Alguns se passaram e os saques continuaram, cada vez mais bárbaros e grotescos!
O ancião da casa não pode aguentar ao perder seu café e almoço no mesmo dia! Furtados por meio de bicadas! Então ele confidenciou à filha mais nova, só ouvi porque estava silencioso no sanitário, iria envenenar pão para dar fim aos pombos. E sentença já estava dada. 
O primeiro a aparecer estirado no quintal era o que não tinha um pé. 



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ME


I see but don´t watch..
I accept but don´t loos...
Love daylight but still wake at nights..
I´m inattentive but notice everything..
I hug but don´t touch..
I´m variable but don ´t change..
Running but still stand..
Smileing to hide tears..
I want to create but always chop..
I let go but keep in heart..
I ´m big but still so little..
I´m moon but burn like sun..
I ´m quiet but speak a lot..
I say goodbye, but never leave..
I´m habit with what you will never get used..
I´ m in pain but i don ´t shout..
I forgive but never forget..
I wound but i don´t break..
Want to know but never ask..
I´m not destination - I´m your expedition.


(Kati Lipstok)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

The winter / O patético


Em um muro esquecido em algum lugar do mundo sujo:
  
Pain... White pain in my eyes...
Alone... Great stone of ice...
In his heart - A single needle,
Nothing bigger... Nothing most important...

Praying for the Lords...
Crying... Crying...
Praying with all pain...
Waiting for the winter...
Waiting for the Great Lord... The Lord of Winter...

A feição se transforma em um semblante mais patético que os versos...

Leguminosidadestática

Leigo lê... Lerdo... Lido...
Luz! Lâmpada linear... Literalmente Louca...
Livre... Livros... Larvas...
LarvasLivresLivros... LarvasLivresLivros...
LarvasLivresLivros...LarvasLivresLivros...

Lêmures lindos... Lama luminar...
Lindos lêmures lambem lisos legumes...
Loucos... Livres... Larvas... Lugumes...
LarvasLivresLivros... LarvasLivresLivros...
LarvasLivresLivros... LarvasLivresLivros...

 

O andarilho e o incauto desastre interior... IX


Uma figura esvoaçada... Como restos de uma neblina densa... Assim se manifesta Gabriel diante de Padre Ferreira...
- Ele está tão perto... Ele precisa fazer isso... - Arcano olha sério para o clérigo...
- Por que ele deveria? Você não deveria...
Padre segura a cabeça de Sandro e inicia uma reza fervorosa - uma luz começa a tomar o corpo de Padre Ferreira e cobre o de Sandro... Arcano segura Sandro nas escadas de mármore...
De longe, Aleck e Ed observam algo que ocorre de diferente no andar, na janela, do prédio ond está Padre Ferreira! É como uma manifestação sentido como um repentino temor... Como um congelar momentâneo de tudo... Eles não tem dúvida do que devem fazer! Mas Carlla continua desacordada, enquanto Kanashiro tenta erguê-la...

Latejando-se!

A língua travou-se!
Lesmas dançavam entre a gengiva... 
Ergueu-se para lançar o vômito para qualquer lugar! 
A hesitação é perdurável por indeterminações...
...de êxtase ou asco...


Engoliu tudo que estava grudado e rastejando em sua boca...
... não era nada perto da carne e dos ossos do feto sobre o chão...
Fedia: inexistência e vermes... Maravilhoso!


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Desvairado

Eu acho que:
meninas e os desejos de uma terra desconhecida


até agora
Então, mais perto


olhos enigmáticos
pele morena


Um milhão de sonhos
A poesia tenta ...



Ma arvan, et:
tüdrukud ja soove alates unkown maa

seni
nii et lähemal

salapärane silmad
pruun nahk

Üks miljon unistused
Luule püüab ...



Я думаю, що:
дівчаток та бажання від землі невідомий

досі
так ближче

загадковий очей
Браун шкіри

Один мільйон мрії
Поезія намагається ...



I think: 
girls and desires from a unkown land


So far
So closer


Enigmatic eyes
Brown skin


One million dreams
A poetry tries...


ผมคิดว่า :
และความปรารถนาของสาว ๆ จากที่ดินรายงานธุรกิจที่เกี่ยวข้อง

เพื่อให้ห่างไกล
ดังนั้นใกล้ชิด

ตาลึกลับ
ผิวสีน้ำตาล

หนึ่งล้านความฝัน
บทกวีพยายาม ...




O banquete

- Senhor Manoel Fonseca de Augusta Roma, ex-combatente das Forças Militares Nacionais, é uma honra tê-lo em meu domínio! E um verdadeiro júbilo compartilhar meu alimento com o senhor...
- Eu, mais que agradecido, peço sua permissão para ter a honra de dividir a mesa com o senhor João Miramar de Oliveira Antunes! ex-médico renomado pelo Governo de Nosso Estado...
O tronco servia de mesa e duas latas grandes serviam de cadeiras... As pessoas passavam e ignoravam os dois ilustres senhores, que vestiam trapos e continuavam a trocar elogios e se banqueteavam com dois pedaços sujos de pão e algumas tiras de algum tipo de carne envelhecida...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Amor de Mãe


Uma mãe desesperada, aos prantos, soluçante, corre e se joga no ombro da amiga, que pergunta demasiadamente assustada:
- O que foi? Nossa! Me diz o que foi?
- Eu... Eu... Descobri... Que meu filho dorme com outra mulher...
- Nossa... Mas... Isso não é normal...?
- Não! O meu filho é meu!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Mastigando cebola!


Dizem que se chora ao cortar uma cebola... Que grande besteira! O que as cebolas tem com as lágrimas? Relacionar sentimentos a fatos tão ínfimos... Tão sem importância; na verdade de importância relativa, depende de quem se envolve...
Ela cortava cebola todos os dias. Ele as mastigava todos os dias. Ela sabia que ele não gostava. Ele sabia que todo dia tinha quer comer aquilo... E assim seguiam, cada um cumprindo seu papel...
Um dia ele não comeu em casa... Ela não via motivo para cortar cebolas...
Ele nunca mais comeu em casa, não por causa das cebolas, simplesmente estava comendo em outro lugar... Ela parou de cortar cebolas, não tinha mais motivo, ninguém para desagradar. Nunca discutiram. Tudo terminou na maior tranquilidade.
Viram? Nada demais com as cebolas...

Espetáculo juvenil!


A dramatização do momento ritual. Obrigatoriedade diante de todo grande espetáculo: Louco para se dar prazer; Ensandecido! Perversão pura... Borbulhando... Subindo! A mais rígida sensação de vontades!
O garoto apressava-se em fazer os preparativos... Toalha, papel higiênico, vaselina... Tudo pronto! O filme estava perto de começar! E ele mais que preparado! E então, ele peca contra si e  faz o seu melhor... Sem pressa, aproveitando cada detalhe...
No ápice do prazer, na profundidade do êxtase a porta, a maldita porta que deveria estar trancada, a desgraça que deveria fazer a função de guardar as vergonhas, abre-se! A maldição maior é sempre acompanhada de inumeráveis humilhações menores: sua mãe entra no momento em que o jovem "membro" começa a chorar... Logo depois, diante de todo o espetáculo que realizou, o garoto também chora... Nem queiram saber da fisionomia da platéia; a mãe...

Sangue e dor!


O desespero é de longe uma sensação mais forte que a vergonha: O primeiro avassala e a segunda ressoa... Enquanto o desespero desfigura o instante, a vergonha desfigura a face...
Havia sangue! Muito sangue... A coitada estava longe de casa! Acabara de descer do ônibus... Nem pensava mais no destino! Desespero e vergonha de mãos dadas... Um exibindo-se em todas as suas facetas... A outra esquecida, mas estava ali...
Ela corria! Estava desesperada... Não havia saída! Corria e apenas corria! Desesperada... E com dores...
Muito sangue... Pingava pelo chão... Aqueles que podiam ver, mas se acautelavam em perguntar, apenas se espantavam...
Por sorte ela viu um mercadinho! Não exitou e pediu para usar o banheiro! Diante de toda situação, compadecido, o senhor que atendia perguntou se ela precisa de algo a mais: ela disse que sim. Precisava de absorventes...

Canção do Exílio


Minha terra tem mangueiras
Que estão para desabar
Elas são muito antigas
E ninguém está a lhes cuidar.

Minha terra tem poetas
Que deixam a cidade pequena
Para tanta poesia
Tanta música a cantar.

Minha terra tem muitos pés
Muita história para dar
Dela se foi borracha, a cabanagem
E o guaxupá.

Minha terra tem uma morena da beira-mar
Que encontra dois amantes que não podem se tocar
Por isso mostra para a lua o sol
E o sol se esconde no mar.

Mas minha terra tem tanta gente
Que não nasceu nas bandas de cá.
Vieram todos da ilharga de lá
Por isso querem se separar.

Permita Deus que eu viva para ver o meu Pará
Não acabar.
Que como UM e somente UNO ele viva
A declarar.

Que sua estrela azul
É Remo e Paysandú
Quisera Deus que eu viva para sempre os provar
Que eu não venha a esquecer do açaí, pupunha e tacacá.
Que eu não venha a esquecer do estado do Pará.




(Thiago "Mómó" Silveira)

Beijo roubado


A paixão promove ações arrebatadoras! Fortes e duradouras.. Ele a jogou contra o muro! Ela bateu o rosto e sangrou... Ele a chutou três vezes e deu-lhe um murro... Ela não conseguia ter forças para chorar... Mas as lágrimas e o sangue escorria... Ele fez o que quis e por último pediu um beijo... Ela o mordeu! Ele tirou o canivete e levou seus lábios... Roubando um beijo para sempre...

Do outro lado


Se jogou no Rio Guamá... Nadava com força e medo! Queria chegar do outro lado! Fugir da desgraça em que estava... Fugir... Escapar... Não tinha mais jeito! Nadou, nadou, nadou... Nunca chegou do outro lado... Mas dizem que continua tentando...

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Linhas de atuação...


Um reflexo único corta-lhe a respiração...
Atravessa esquinas obsoletas!
Desfere olhares em direções opostas... Amedronta sentimentos fúteis...


Dirige o caos da própria configuração equivocada de um ser desconexo...
Recupera a organização racional de ídolos inseridos sem discernimentos adequados...


Enfim chega em casa, disposta apenas a sucumbir à letargia momentânea...
E nada pode pará-la!

Nada de dores


Uma escolha irrefutável se faz quando a mágoa não tolera, nem mesmo, que se olhe no rosto do agressor... É uma composição insana de asco e ódio; mais maquiavélico tudo poderia ser! Seria tudo mais interessante...

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