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terça-feira, 28 de abril de 2015

O Dragão e o subúrbio


Dentes que lembravam de acúmulos de sujeiras, vivos e conscientes que ousavam a ter vida. Garras que recordavam de cada pensamento dilacerado, de pedaços de miséria que se arriscava a pensar.
O que restava ao mundo?
Divino. Pedras, gramas, pichações... Olhos vazios, dedos queimados cheios de ânsias desvairadas, corpos expostos... Livakhfar, "Rajadas-Rubras-Sobre-A-Rocha", não tão jovem; um dragão vermelho que observava com desdém os resquícios de humanos que se amontoavam por ali. Faria diferença a um entidade quase divina a fome que se encontrava não apenas no estômago, mas na alma de um filhote de humano; numa criança?

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