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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A Crônica da Catacrese Heurística

Poderia ser mais simples dar nomes únicos a significados dinâmicos! O mundo está preenchido de conceitos, que definem algo em símbolos e signos objetivos, porém, se olhados com uma cautela, não necessariamente aprofundada, logo notaremos o quanto se desdobram os reflexos de significações e possibilidades de significantes, metafóricos ou não. Nunca algo é apenas o que é, ou talvez haja uma certeza ainda desconhecida, ou incabível na maioria das línguas, ou mesmo linguagens...

Quando cria-se... Bom, perdão. Sinceras desculpas: NÃO É UMA VOZ ARTÍSTICA, ou talvez seja, mas não quero que as significações imediatas do termo manchem o que está prestes a ser lido. Perdão. Quando a criação parte de uma mão, pouco a pouco ela vai abandonando o feitor. Cada pincelada na tela, cada verso do poema, cada molde na argila, aos poucos o criador vai abandonando a cria, o fôlego dela só surge quando ele termina; viva e livre...
Não seria tão diferente de Poemas Cósmicos, Versos do Pluriverso... Sim, é verdade que há um criador das realidades que nos circundam - sim! realidades, no plural! De acordo com anagramas encontrados em cavernas já esquecidas pela arqueologia, e nunca relatadas na história, seu nome é Azheemaad-Anak'Rah. Ela veio ao Suprarreal quando uma Intermitência se desfez; morreu. Naturalmente assim elas surgem, as Geratrizes Ininterruptas ou os Ultra Vetores; deusas ou deuses. Normalmente no plural, pois são compostos de diversas consciências e instintos da Intermitência que os gerou. Azheemaad-Anak'Rah criou diversas realidades (planos ou planetas), a penúltima foi Atlântida, como originalmente a Terra fora conhecida. Cada era ou cultura de Atlântida tentava compreender a Geratriz Ininterrupta, e assim conseguiam perceber um de seus sentidos, religiões primitivas, os primeiros conceitos filosóficos, as primeiras leis daquilo que um dia seria ciência àquele momento...
Diversos foram os problemas que a Geratriz enfrentou, ou teve que lidar. Ela foi derrotada, adormecida, quase copiada (o Pai Parafuso e a Mãe Engrenagem)... Antes dessas afrontas ocorrerem, alguns de seus aspectos conseguiram criar uma espécie de proteção, ou uma precaução a esses infortúnios, uma filha, uma joia. Ela lhe deu o nome de Opala, ou melhor, eles lhe deram o nome, pois naquele instante o panteão egípcio das primeiras dinastias manifestava-se com força descomunal, não demorou a ter o conceito espalhado para à Grécia e Pérsia próximas, e logo posteriormente à Índia ancestral, depois para os mais longínquos lugares daquele jovem mundo... Enquanto isso, Azheemaad-Anak'Rah acolhia uma poderosa dragonesa que vinha exilada de um Poema Cósmico remoto, e assim criou Arkya...

Pouco depois eles chegaram, foram derrotados, desmantelados, e quase esquecidos. Quase. Os Sete Deuses do Caos, trazidos por Romae-Drodezaf e Zayad-Zahadka... Sempre uma ameaça, como uma doença crônica dentro do Poema Cósmico; as Diademas Cáusticas. Depois, o conceito de Aynnozama trazia alguns flagelos consigo, que ficaram adormecidos por algumas eras, os Dragões Esquecidos; os Desesperos & Devastações... O Pai Parafuso, uma faceta do Deus-Máquina, conseguiu descobrir, em seu isolamento, pequenos vácuos e lacunas na ordem da própria Geratriz, as quais ele chama de Chaves Iconoclastas, e mesmo sem a possibilidade de controlá-las diretamente tenta manipulá-las, possivelmente para conseguir copiar as capacidades totais de Azheemaad-Anak'Rah - que encontra-se perto de seu fim, alguns dizem...
E por ora, hastes de flâmulas acabam por servirem de lanças e ferem, talvez de morte, júbilos de discernimentos conjuntos... Uma convicção clara de martírio nega-se a observar o quão patético são seus escudos, levantados para defender aquelas que o negam... A tolice regurgita vitórias! O patético abraça o ridículo, em esporros de violência que se transformam em certezas, supostamente viris! Eu, medíocre em meu claustro, medito sobre o palco incompleto e o espetáculo não encenado. Sem reticências.

(Mordaz)



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