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sexta-feira, 29 de julho de 2016

A volta da Umbra Domini e a Campeã dos Versos

Vingança
Alguns apertos de mãos, alguns elogios simplórios, quase mudos, invisíveis cortesias, uma mulher estritamente racional só tinha compostura para mostrar diante de um clérigo impassível... Lá fora, as crianças corriam, algumas pessoas rezavam - vazias? - e davam comida aos pombos, a guarda contava as horas... O bispo Jaime Rivaillon Rigoletto estava afastado há dois, regressara e trabalhava com criança problemática; isso passou, agora estava diante de uma moça, séria e bem vestida, em um quiosque no Vaticano: ela havia trazido verbas e informações - tudo que faltava a Rigoletto, seus neurônios comunicavam ondas de vibração fortes e intensas, a memória se alinhara com o raciocínio presente! Agora sim, agora enfim... A Umbra Domini podia regressar, e os objetivos estavam detalhados, nomes, datas, seres...
Muitos séculos passaram, mas o terceiro Rigoletto lembrava do segundo Di Paula, foram amigos por muito tempo no convento, todavia, quis o mundo que o primeiro seguisse os passos do Santo Ofício, e o segundo se juntasse aos Hospitalários... Talvez um amor tivesse estado no caminho dos dois, talvez uma mágoa, talvez apenas raiva... Rigoletto lembrava, Di Paula orava...

Convicção
De muito longe, de muitas eras, de muitos fardos... Sua armadura quase transparente reluzia com a cor das estrelas desenhadas pelas mãos dos muitos ditos deuses, seu elmo carregava os traços dos muitos mundos que já pisara, sua lâmina já havia levado justiça a incontáveis versos espalhados pelos muitos poemas cósmicos pertencentes à Supra-Poesia! Seu dever a definia por si só, conhecia as estrofes mais problemáticas, carregadas de dor e perigosas para as mais próximas; ela deveria ir até um verso chamado Ghalgorya e averiguar a pobreza das rimas vivas ali - ou a inexistência delas! Porém, na vastidão do que parece ser Infinito, tanto se esconde e tanto se recorda, se rememora, Aqueles que não esquecem - e que não são esquecidos traçam seus próprios papéis nas eras antigas e vindouras... Existir é um dever irracional! Fragmentos em um antigo baú, em tempos de fé e razão, um amaldiçoado e sua ignorância - ? - a magia da morte de outro, sete convicções mortas além da Morte: Ynphinnitha, a Campeã dos Versos, agora com sua vontade destituída e enviada acabar com existência e memória de todos aqueles que tocaram, souberam ou leram o Presente de Deus...

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