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terça-feira, 26 de julho de 2016

Os pequenos índios desfigurados

Toda noite, há uma semana infinita, eles vinham, garotos, garotas, um velho... Os três amarrados diante deles não tinham idade para que um gênero os definisse adequadamente. Não daquelas terras, as do velho, mas o povo do trio sempre vivera por lá, sempre. O velho não trazia nada, nem lâminas ou objetos pontiagudos - os outros traziam. O garoto menor tinha certeza que aqueles nativos não eram pessoas, e apertava a ponta do prego contra a bochecha da menor dos três, já tinha duas marcas inflamadas que a impediam de abrir a boca, e ainda chorava bastante, a moça arranhava os joelhos do menino com uma faca, raspando cascões de ferimentos mal sarados, ele não chorava mais, apenas apertava os olhos e os sentimentos, esperando o fim, a garota mais velha usava o garfo nos mamilos da maiorzinha, que já tinha diversas marcas pequenas de sangue acumulado próximo aos olhos e da genitália, ela já pouco demonstrava sinais de dor... O velho olhava com atenção seus três prodígios, sabia que naquela noite, o sofrimento do jovem trio cessaria, porém, fazia pouco tempo que o sol havia partido.


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