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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A Farsa dos Monólogos

1º ATO: "O Calabouço Aberto"
- Arcano entusiasmado: Já falei sobre tanta coisa. Acredito muitas vezes conversar com o futuro! Me vejo superior - quando na verdade a mediocridade reveste minhas palavras, o meu ego patético geme, meus soluços ridículos se eriçam e o egoísmo assume meu semblante... Temos amantes e inimigos em todos os cantos da imaginação; um pequeno grupo de inconformados vagam em um barco - na ponta um urso de prata - um oni e seus feitiços o comandam - uma alma élfica rancoroso e a ambição que cresce - se juntam: tempo de vingar-se dos deuses?

2º ATO: "A Chácara das Aberrações"
- Arcano impressionado: O grotesco, o asco, está acompanhado de uma fascinação! Um encanto pegajoso e infeccioso... Há diversas sílabas que não podme juntar-se em uma frase sem que façam mal à realidade - vislumbrei alguns! Lágrimas de horror saíram dos meus olhos, acompanhadas da urina que cavalga o medo! Ele precipita sobre Arkya, Ela também, algo os chama, algo sussurra seus nomes... Aquilo nada debaixo do mundo, está mais longe que os outros, está mais longe... Em um "conglomerado de versos" - um semi-poema nulificador, de lá eles saem, quando sentem seus nomes convocados, quando o crer lhes dá poder; os impulsiona...

3º ATO: "O Cativeiro do Medo"
- Selyne apavorada: Cada dor compõe a conspiração que anseia por derrubar as linhas que entrelaçam o paradigma... O obeso bruxo ilude os bárbaros sem bandeira, o pequeno cultista dissimula o jovem magoado... Esperam drenar o sangue real - nem tão inocente... Vejo sem querer enxergar! Aguardo... E sigo dessa forma.

4º ATO: "A Mesa de Arka e Ana"
- Sandro saudoso: O amor, suspiros dados em sonhos incompletos, dá esperença, ergue uma fé singela, um escudo, uma clava redentora... De um poema uma rima toca outro verso - e os que dialogam perscrutam (sim?) uma forma de sobreviver - como? A descoberta do que não aconteceu...

5º ATO: "O Plano Colossal"
- Arcano tremendo: Às vezes a cada pedaço da esperança converte-se em cada pedaço da tirania... O Padre nos disse uma vez, sobre o verso que nos declama, o quanto poemas se acabam, se refazem... Se esquecem. Há um verso, em um futuro que não se formou, grandioso e terrível - Colossam; feito dos estilhaços da fé e das esperanças, moldado em convicção - incorruptível? Cruel? O que sua sombra poderá esconder?

6º ATO: "A Sombra da Verdade"
- Arcano chorando: Algo que nunca disse... [silêncio]... Não desistem... [soluços]... E fico felz, ou infeliz, a resistência - [soluço frenético]... [uma gargalhada estridente] Do fundo das raízes desse acidente! A primeira trombeta: ou cólera ou sonhos! Nas camadas da segunda chance do toque do sino! O segundo sinal: milagres! Sobre os corpos esquecidos em terras sem nome! A terceira profecia: duas almas ou um espírito! Em cada gota de suor e lama que se acumula nos pés da fé! O último grito do profeta: maldições ou punições!

7º ATO: "O Reflexo Distorcido"
- Arcano arrebatado: Ajudar o que não se quer auxiliar - a tola certeza; hálito de qualquer boca - o frio de final de ano qque sacode suas lembranças, o saudosismo que aperta sua garganta - às vezes um sorriso acompanha, às vezes muitas lágrimas o fazem... Você suspira enfim! Delicia-se com o que sobrou do banquete - coloca a máscara. Vive.

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