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quarta-feira, 29 de junho de 2011

O andarilho e o incauto desastre interior... VIII

Escadas. Algumas escadas. Muitas escadas...
- Meu Deus! Eu pensei que não havia um hospital tão alto! Já devemos ter subido uns 12 andares!
- Não estamos mais no hospital, Sandro...
- Mas como? Apenas começamos a subir as escadas de emergência e... Alguma passagem secreta para outro  prédio?
- Não... Estamos apenas em outro lugar... Ao final dessa escadaria, estaremos onde precisarei da sua ajuda...
Sandro apenas acena com a cabeça, não consegue entender, mas acredita que é melhor não procurar entender... E apenas continua subindo os degraus de mármore!
- Não, irmão não tem nada. - Carlla fala com desdém ao mendigo ao seu lado, que estende a mão e abre um sorriso malicioso cheio de dentes quebrados e sujos... Mas Ed se assusta ao perceber que ele não sai, mesmo depois da afirmativa ríspida da parceira... Ele olha nos olhos do pedinte e percebe o forte tom escarlate!
- É um deles, Grandona... É um deles... - Ed comenta baixo e continua tomando café. Carlla se vira, diante da revelação do amigo, olha para o mendigo:
- Para conseguir controlar facilmente um invólucro mortal, você deve ter uma tremenda disciplina em incorporação, mas para não conseguir se manifestar fisicamente, provavelmente é muito fraco, ou não quer briga... O que você quer?
A resposta não vem com palavras. O soco da criatura acerta o rosto de Carlla! É muito rápido e forte! A potência do golpe é suficiente para arremessá-la duas mesas depois, provavelmente inconsciente! Ed se levanta! E puxa seu revólver 38, com apenas duas balas e dispara certeiramente nos olhos da criatura! Na verdade, do mendigo, mas agora, a criatura não pode ver também! E ela grita dentro do invólucro! Grita bastante! As pessoas na rua ou correm ou observam - assustadas! Aleck e Kanashiro chegam rapidamente ao local, seguindo os gritos... Kanashiro salta sobre o agressor com um golpe similar ao que utilizou na Baba! Ele recua, Aleck salta  encosta sua mão sobre a cabeça da criatura, enquanto realizava orações rápidas: a criatura começa a pegar fogo! uiva de dor! e olha para todos...
- Isso foi apenas um aviso... Logo, ele será nosso... Aaaaaaaaaaaaaaaaaaargh!!!
Apenas cinzas e uma gosma com cheiro de carne queimada - o que resta na calçada...
Padre Ferreira se aproxima de Sandro... Ele observa o rosto do rapaz... Ele sabe que ele está longe, mas pretende descobrir onde. Ele coloca a cabeça de Sandro em seu colo e toca em sua testa; então começa a rezar... Sandro para de subir as escadas.
- O que foi? - Assustado e presumindo, pergunta Gabriel...
- Nada... É que... Tem alguém me chamando...
- Não é nada! Continue! Vamos, já estamos perto...
- Mas... Parece uma oração... É uma voz conhecida...
- Padre! Pare com isso! Eu sei que você está por perto! Me escute: Pare! Vocês perderam por ora! Apenas deixe-me terminar! - Gabriel vocifera contra o vazio... Mas com toda certeza, Padre Ferreira pode ouvir...
- Desculpe, senhor Gabriel, mas não posso continuar... Minhas pernas... Estou com muito sono... - Sandro cai de joelhos e seus olhos pesam bastante...
Sandro começa a abrir os olhos e vê rapidamente o rosto de Padre Ferreira, mas fecha novamente os olhos e vê os degraus da escada de mármore... Muito sono... Estaria sonhando?
Gabriel segura a testa de Sandro! E olha nos olhos dele! De repente o semblante de Gabriel surge diante de Padre Ferreira!
- Dessa vez não!

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