Fulgurações Mesarkanistas: O Futuro e a Reminiscência (Parte 7)

Há muitos caminhos a serem trilhados que levam ao mesmo fim. Há muitas formas de se contar a mesma história. Há muitas formas de caminhar até a Morte... Carraig é um plano bem próximo de Nova Atlântida, ele possui até um reflexo visível: Marte. Há civilização da "Rocha Rubra" já deixou de existir há muito tempo, em uma colossal guerra entre os Construtos e os Construtores. Dizem, os planos e reflexos vizinhos, que a diáspora começou quando a "alma" do planeta começou a definhar. O minério enfraqueceu, as águas poluíram-se, o céu escureceu... Os Construtores e seus filhos vinham de diferentes Poemas Cósmicos, ou galáxias, eram arquitetos e engenheiros formidáveis, levantaram diversas construções sobre aquele solo vermelho! Criaram suas famílias com esmero e intuito de manterem aquele legado. Foram os primeiros deuses daquele lugar, depois do despertar do próprio planeta. Poucas eras, após o estabelecimento lá, eles precisavam de "ajudantes" que fossem feitos da própria matéria de lá, e assim criaram os primeiros Construtos, feitos de cada um dos elementos daquele mundo escarlate, eram três dezenas de colossais seres.

Eles eram leais, silenciosos e muito poderosos. Construíam cidades em dias e derrubavam estruturas em minutos. Nunca questionavam seus mestres e os ajudavam em guerras contra invasores. No entanto, vinte e duas eras depois da chegada dos Construtores, Carraig começou a reclamar: desastres naturais enormes acabaram por destruir cidades, países e matar alguns descendentes dos cinquenta primeiros Construtores... Uma investigação perspicaz foi feita para descobrir o que havia causado aquilo. A constatação óbvia gerou uma diáspora entre os mais velhos: pouco mais da metade deles resolveu partir - voltar para seus sistemas de origem ou viajarem até outro Poema Cósmico onde pudessem criar seus descendentes em sossego. A outra parte, inferior à metade, decidiu que iria encontrar uma solução para aquele problema. E assim tentou por mais três eras, com certo sucesso no início com forte ajuda dos Construtos, depois enfrentaram calamidades terríveis que dizimaram quase metade dos descendentes, além de destruírem alguns dos Construtos. Foi quando Carraig entrou em contato.

Dentre os Construtos, um deles parecia liderar os outros ao enfrentar os desastres naturais, ele se chamava Drodezaf. Representava a rocha em seu estado puro e simples, uma montanha viva e rubra. Ele ouviu as palavras de Carraig, que não eram ditas, mas desenhadas em ranhuras deixadas por cada colapso natural - cada terremoto deixava marcas, cada vendaval desenhava noções, cada deslizamento deixava conceitos e ideias. Então, ele reuniu seus irmãos restantes e decretou que a vontade do próprio planeta era que as construções parassem por tempo indeterminado. A maioria apoiou em silêncio os desígnios do líder. Houve uma contestação: Zyrak, representante do metal e de suas variantes transformações. Mais jovem e leal aos Construtos. Ela levou a informação da rebelião aos mestres remanescentes. Sem demora, a guerra se iniciou. E durou uma era inteira.

Carraig venceu, mas a um preço elevado demais que sacramentou sua morte. Construtos e Construtores se destruíram por completo, com poucas exceções: Drodezaf foi unificado a um sábio atlante, Romae, e foi levado para longe; Zyrak, despedaçada, caiu em Nova Atlântida, fraca e esquecida; Zyrion (o representante do ar), Abbyron (o representante do gravidade), Xvax (a representante do calor) e Benderbere (o representante da água) foram parar em algum lugar em Arkya, em pequenos fragmentos conceituais... Agora, só, e enfermo, Carraig se preparava para o colapso final, que lhe extinguiria da existência.

Foi então que seu nome foi pronunciado em um lugar muito distante, lamúrias de dois deuses, que sem querer vislumbraram um desespero vindouro para seus seguidores - um desespero que os aniquilaria, como uma tortura lenta e muito dolorosa... Eles precisavam da ajuda de Carraig. Ele os ajudou. E o que fizeram parece ter salvado seu "verso".

Assim pensavam.

Em desespero, a Rocha Rubra agarrou-se aos versos que pôde antes de seu inevitável aniquilamento! Como alguém que, ao se afogar, empurra seu salvador para baixo! A reverberação deste fato, deste singelo fato nas escritas dos poemas cósmicos, será o suficiente para atravessar histórias de épicas de desespero, devoção e resistência por muitos versos desafortunados...

 

ALMA DA MONTANHA: Carraig (um "verso" vermelho, uma entidade associada à rocha, a alma de um planeta devastado) despertou em um grande reino... E reivindica um antigo santuário (baluarte de energias e magnetismos únicos) como seu. E influencia um grupo de cavaleiros e camponeses a marcharem em prol de seus desígnios, provavelmente através da "corrupção mental", ou da chantagem de algo chamado Draconya... Se para manifestar-se por completo, devesse sacrificar diferentes essências em grandes rochas com runas milenares? Essências que representassem o Plano das Rochas, o Verso Mineral: Alguém insensível, um animal forte e resistente e uma coroa... Quem poderia enfrentar tal ameaça? O reino todo está ameaçado... Quem poderia aliar-se a isto? Talvez o reino precise ser derrubado e Carraig reconstruído! E se um segredo maior sobre o Pluriverso se escondesse aí? E se Carraig estivesse tentando salvar seu "filho" Drodezaf - e estivesse procurando o Tabuleiro Cósmico... E assim se reconstruir - ou se vingar! De que lado o "Demônio do Tempo" estará? Talvez uma das chaves esteja em perigo...

CENÁRIOS/SISTEMAS POSSÍVEIS: 
- Prelúdio: Durante a campanha de Alexandre na Antiga Índia, outras guerras ocorriam: místicos macedônios e hindus se enfrentavam para descobrir quem cultuava os deuses mais poderosos! E nesse momento de aflição, muitos se entregaram ao desespero e rogaram às terríveis entidades de seus panteões! Mas alguém sabia como vencer... E seus lacaios iriam beber o sangue de deuses...
- 1ª parte: (Yggdrasill) No frio interminável, onde a inércia e a aniquilação é um ímã de vidas, uma doença começa a causar mortes e desesperos em vilas de camponeses, mas logo chega aos salões dos reis... Um grupo precisa sair em uma empreitada a um território distante, encontrar alguém, ou algo, capaz de curar os desafortunados que sofrem com a enfermidade... E isso precisa ser feito logo... Antes que seja muito tarde...
- 2ª parte: (Old Dragon) As regiões frias de Arkya guardam perigos vivos, antigos deuses ainda cultuados por hereges que negaram os deuses-dragões... Um grupo de estudiosos e exploradores é enviado até o distante norte para compreender o que está acontecendo ali, desaparecimento de famílias inteiras, e encontrar uma solução, que pode estar bem distante, o quanto antes...
- 3ª parte: (Lobisomem: A Idade das Trevas) Stonhenge foi tomado por um grupo de magos, anos atrás, mas agora os parentes que vivem ali perto encontram-se com problemas dos quais não podem lidar: terremotos e desabamentos... Uma matilha é chamada para verificar o que ali ocorre, entretanto, poderá se deparar com grupos de guerreiros amontoados nas proximidades do antigo Caern, mas protegendo o quê? Por quê? Então o Demônio do Tempo se manifesta!
- 4ª parte: (Mago: A Cruzada dos Feiticeiros) Nas remotas terras recém exploradas pelos europeus, um perigo parece se alastrar dentro das florestas na margem dos grandes rios... Os nativos fazem uma grande conferência para escolher seus campeões para enfrentarem o mal que se espalha, os invasores não sabem o que pode está se escondendo dentro da mata... Será possível um aliança para enfrentar a entidade que ali espreita? Ouvem rumores de Iasynaan, a "sacerdotisa dos nove esquecimentos"...
- 5ª parte: (Reinos de Ferro) As guerras atravessam Immoren Ocidental, em meio aos conflitos, um importante monarca precisa livrar seu reino do que parece ser um maldição, ou praga voraz! Um sacerdote lhe prontifica que a "cura" estará no arquipélago de Cryx, com uma curandeira capaz de remover a maldição que ali se alastrou... Ele precisa enviar um grupo logo, seus inimigos logo chegarão...