Pesquisar este blog

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Sem rosto!


Ele se afogou no próprio suor! Acordou, a luz não se fazia presente. Os sons da escuridão não são como na ficção literária, fantástica ou realista, são pequenos e irritantes; breves agudos gemidos, ranger de plástico e madeira, como um grito bem abafado, o chiado de uma respiração defeituosa, um nariz entupido, uma ronquidão incessante. As incertezas e frustrações dominaram-lhe a mente, uma intenção de provocar o sono por medo de encarar recordações. Vultos de amantes e rivais, sombras de aspirações e o aperto ao travesseiro: uma âncora - estava vivo; era uma pena, não encontrava a boca, o nariz ou os olhos...


Nenhum comentário:

Contatos