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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Dois contos & uma garota que se quer morta...

A Herança do Caos

Os restos da batalha não podem ser resumidos às imagens de guerreiros em bravura e heroísmo, há um cheiro muito forte e específico: fede; a sangue e merda. O som é bem claro, um zumbido dos excessivos choques agudos de metais, além dos ecos dos gritos de desespero, e depois os gemidos agonizantes de dor. Há quem reze a Deus, seus santos e anjos, em busca de proteção e agradecimento pela sobrevivência e pela matança... Há quem pragueje. Há quem se revolte com o símbolo do martírio, e cuspa em cima de uma cruz e amaldiçoe toda cristandade... E desses, existem os poucos e raros, que renegam o que o mundo lhes mostrou desde que abriram os olhos pela primeira vez; então vão atrás das sombras furtivas dos cantos dos olhos, dos sussurros da noite e dos nomes impronunciáveis trazidos nos piores pesadelos... Se Deus os abandonou, quem poderá aplacar suas dores e rancores? Assim o "aquelarre" começa...


A Sinfonia das Lamentações

(Falou o celestial)
- Eu sou o escolhido do Criador, para trazer conforto a este mundo, e levar a sua vontade quando mais se desviam do caminho!
(Falou o infernal)
- Eu sou o eleito pelo Devastador, para incutir a revolta a estas terras, e levar a liberdade quando mais apertam as correntes!
(Bradou o celestial)
- Eu sou a luz!
(Sussurrou o infernal)
- Eu sou as trevas!
(Conclamou a menina)
- Nós somos aqueles que nascem, sofrem e morrem em meio ao jogo de vocês, talvez exista uma chance, quando não se escolhe nem os céus nem o Inferno... Quando se tem a convicção de que lutar por nós é tudo que temos. Nem um deles está certo ou errado, nenhum deles é bom ou ruim - eles apenas lutam por si, chegou nossa hora de fazermos o mesmo! Não são seus filhos que lutam em suas guerras, não são suas filhas que são violadas, ou suas crianças que passam fome... Somos nós. Eu não nasci para morrer, e os ensinarei a fazer mesmo! Nem que para isso o céu tenha que sangrar e o inferno precise perecer... Somos os filhos do tempo e das eras, e o que estiver em nosso caminho será arrastado.

6 comentários:

Unknown disse...

Well ... I prefer the dark side.

Diego Duarte dos Santos disse...

A segunda ambientação há uma dicotomia que equilibra criando o caos para o resto de todos. Creio que tem o maior potencial.

Anônimo disse...

[Briccus] A Herança do Caos nos oferece a oportunidade de jogarmos com mortais, vamos deixar um pouco de lado os vastos poderes sobrenaturais como: disciplinas, dons, esferas, a Força, magias divinas e arcanas, etc... enfim, só pessoas envolvidas na guerra que devasta a Península Ibérica, além das superstições que seguem esta ambientação, estaremos diante do horror do desconhecido ...

Anônimo disse...

Pedro: acho interessante as duas propostas mas acho que aquelarre se sobre sai

Unknown disse...

Voto pela proposta A Herança do Caos, no Cenário/Sistema Tormenta / d20 System.

Mesarkana disse...

A Herança do Caos é para o sistema Aquelarre.

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