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terça-feira, 29 de março de 2016

Cernuno

Fagulhas do Infinito não se apagam
Como faíscas de mediocridade,
Nem decepções míticas se curam
Como dores ínfimas entre nós...
Deus é uma palavra, pequena;
Ousadia é uma palavra maior, insulta?
A Guerra entre os Avatares foi quase doce,
Alguns se feriram, alguns morreram, alguns...
Foram exilados para as bordas do Fim.
Filho do Mundo, Fruto dos Homens, Sonho Vivo!
Mortos ou exilados... Resquícios ergueram
As vinhas e os ossículos! Sonho, medo, vingança...
Canibal, se levantava! Resistindo e tramando!
Reflexo de um criador! Fecundo em planos...
Olhando, agindo, sem celeridade... O mundo...
Eu roubei a alma de um deus, que você esqueceu!
Eu trago a fertilidade do pavor em meu peito!
Eu reclamo ao plano o direito de vingar-se
De deter os demônios da ignorância!
De confrontar os egos ingratos!
De punir o usurpador!
De ser!

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