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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O andarilho e o incauto desastre interior... X

Sandro desmaia. Arcano olha incrédulo, irritado, e frustrado para Sandro Cohesi estirado nas escadas de mármore... Ele chegou perto, mas ainda não estava preparado. O padre o havia vencido. Ele deveria desistir por ora... então chutou o corpo para o Vazio... E ele caiu até encontrar um reflexo distorcido em qualquer outro lugar.
Na Guiana Francesa, Padre Ferreira continuou a rezar segurando a testa de Sandro. Dois se passaram desde o início dessa reza. Carlla acordou um dia antes da reza acabar, Kanashiro, Aleck e Ed continuaram a caçar outros demônios que se escondiam por Caiena e os arredores...
... Uma história sem sentido... Miasmas desnecessárias... Restos de possíveis memórias em uma mente desocupada...
Assim pensou Sandro Cohesi ao abrir os olhos ver sua mãe e o médico conversando. O que ocorreu depois disso é o esperado pelo leitor: afagos, choros, satisfação... Alívio!
Os pais de Alex Kanashiro o esperaram por muitos dias. Foram até a polícia e fizeram de tudo para encontrá-lo. Até uma ligação, vinda de algum beco sujo e escuro do leste europeu, os acalmou... Mas a frustração seguia-se... Ele não voltaria...
- Afinal, Padre, para onde Arcano queria levar Sandro? - Alex sentado em um hotel barato questionava o clérigo bondoso...
- Nossos sonhos, vontades e desejos são ordinários. Mas alguns são muito fortes... Ouvi lentamente, várias vezes, quando ainda era muito novo, o nome do local: Arkkyia... E a chave que poderia levar até lá... Uma chave viva... Uma entidade... Não sei como determiná-la... Owppallaa... Não sei como se escreve mas encontrei escritos... Isso é o que conecta todos nós... Esta loucura possível. Ed, Carlla e Aleck arranjaram uma forma de lidar com ela. Eu arranjei outra... E você está encontrando a sua. Mas depois de bebermos de licor insano... Nunca poderemos ser os mesmos.
- E Sandro?
- Ele ficará bem... Acredito e espero... Levará uma vida normal até entender que perdeu isso... Ou talvez fora amaldiçoado a nunca ter isso... Ele pode ter passado apenas por um pesadelo... Pode ter vivido ao nosso, se de fato existíamos... Um dia nos encontrará... Ou baterá de frente com outros que o façam: o guiem por essas ruelas tortas de insanidade doentia: que se chama Verdade.
A prima de Sandro observava calmamente o desenho que ele fazia sentado na frente do computador... Um mundo... Um mapa... Um continente... Ele não podia andar... Ela o indagou... Ele não podia falar... Mas balbuciou...
- Arkkyia...

Um comentário:

Aline disse...

As escadas eu consigo ver perfeitamente e sem dúvida não foi a primeira vez.
Ao longo do chão de palavras percebi que, algo fugiu ao que estava imaginando,então me lembrei da ponte e suas formas,do outro lado tem a verdade, esse mal inquietante,uma feroz comparsa da realidade...

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