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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Travinha


O pai vê o pequeno filho jogando bola na frente de casa:
Duas pedras delimitam o que seria uma trave... Não que de alguma forma isso irá incomodar!
O jogo segue.
Correndo, gingando, suando! Dribles! Vaias!
Vários garotos esperam a vez: gordinhos, magricelas, negros, claros, mestiços de toda sorte...
Faltam nove jogadores para se pensar em tática...
Ainda assim, a vontade vence o asfalto quente que esfola a ponta dos dedos e... E... É é gol! Todos vibram! Menos a dupla derrotada na travinha. Perderam a vez... Depois de sete triunfos consecutivos...
A felicidade vencida, o breve orgulho conquistado, dói no coração de cada menino... O mais escurinho baixa a cabeça ao som da vibração dos demais vencedores... O outro apenas se senta calado na calçada... O jogo recomeça!
A derrota golpeia as crianças de forma terrível... O filho não chora: nos ímpios de um moleque, a felicidade renasce a cada novo chute!
O pai sorri e vai comprar pão...

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