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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Títeres Quiméricos

Nem sempre do alto ou do mais brilhante. Algumas vezes: escuro e profundo... Sussurros da floresta - entidades; consciências selvagens.
A Tarântula perguntou à Tartaruga se ela saberia entrar na frágil imaginação de um inocente. A Tartaruga, desafiada, afirmou que sim: e procurou alguém que corresponde-se as condições do desafio.
Cabo Arimatéia procurava Fabiana por todos os cantos do bairro. Bairro pobre que atende pelo nome de Guamá - nome de rio. A bela moça Fabiana procurava as ferramentas que lhe ajudariam no almoço. Arimatéia estava irritado, marcara com a moça antes do meio-dia, ela deveria se arrepender. Certa de seus anseios, a Tartaruga aproximou-se por caminhos vibrantes, ainda que sujos, procurou com calma: enfim encontrara uma inocente. E sem pressa de fazer qualquer coisa, Fabiana seguia. A Tarântula perdeu; invejosa, certa que sua rival riria dela, algo deveria ser feito: tratou de agir, e suas teias carregaram o sentimento de alguém que procurava um pouco de veneno - não que ela o tivesse, mas poderia arranjar... 
Tenazes... Tortas..
Teias... Turvas...
Terra... Torpe...
Quando Arimatéia encontrou Fabiana, finalmente, o sorriso da moça fez o jovem policial esquecer de qualquer problema, ciúme ou mágoa, mas quando o veneno conseguido pela Tarântula começou a fazer efeito... O amor, frágil desgraça essa que os homens constróem e com as quais os espíritos brincam. Dentro da floresta perguntam-se sobre devaneios tão tolos: e acabam por divertir-se com eles.
A Tartaruga vencera o desafio.

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