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sábado, 16 de abril de 2011

Depravação Ínfima


Mágoa. Um sensação estúpida e patética! Objeto de adoração dos fracos. Após alguns minutos lendo os símbolos, ela poderia pedir, enfim, o que queria: e das regiões profundas de um cosmo distante seria ouvida... Notoriamente, ela já havia realizado diversas façanhas em nome de entidades difusas de conceitos abstratos e indefinidos...
Uma pequena criatura surgiu diante de seus olhos, como se saísse de dentro da chama da vela vermelha! Ela se assustou: sua primeira invocação ocorria da melhor forma!
A criatura caiu sobre o chão, era do tamanho de seu polegar, e começou a se levantar lentamente, como se acabara de acordar de um sonho profundo... Assim que percebeu onde estava, a criatura olhou seriamente para os olhos dela; ela estava admirada e ansiosa...
Então, o sermão começou.
Ela ouviu por quase uma hora que era fraca e inútil, que suas dores eram miseráveis e asquerosas. Dor por causa de comentários de amigas? Choro por motivo de insucesso profissional? Mágoa por que um homem havia recusado amor?
Ela, dito tudo, voltou a chorar. O pequeno diabrete estava muito irritado, mas relembrou que a fraqueza e o desespero (ainda mais vindo de um tola infantil como ela!) poderia ser valioso. E perguntou o que ela queria. Ela voltou a se entusiasmar e pediu todas as tolices possíveis, em troca ele pediu para que ela chorasse até que caísse sangue do mesmo canal de onde vinham as lágrimas! E ele estaria satisfeito! Ela, talvez, pensasse de forma bem mais agradável ao convocar o poder de onde a pequena criatura havia vindo...
A ignorância como praga bíblica. A desgraçada aceitou o trato.

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