"Engolindo o arrependimento compulsório, ao contemplar a lápide daquela
saudosa sensação pérfida que deixei morrer de fome, mas que rasteja
embriagada e disposta a discutir pela madrugada..." (Elucubrações, Tomo
V)
A paisagem da vida alheia é tão asquerosa podre, e, simultaneamente, florida e invejável! Quantas sutilezas na minha perspectiva! Tolice, isso só expõe o quanto não percebes a ti, e teu paralelo que está em comparação constante com os outros - como estou fazendo a comparar-me a ti agora.
Estás certa. Te engano e te traio todos os dias e todas as horas; és uma escrava dos meus sentimentos e caprichos! Será? Quase tudo em ti são generalizações triviais e constantes, usando a maior parte do tempo para ter um pouquinho de atenção e, quiçá, amor de quem já te largou há tanto tempo; és um medíocre.
És uma insensata! Estou a tentar te dizer meus erros e pecados! Sem deixar claro meu arrependimento, para que percebas e te convenças da minha nobreza! É difícil? É muito perto do impossível levar-te de todo sério! Pareces viver diante das câmeras, em um eterno palco, onde todos os outros são coadjuvantes do teu ego colossal! Eu sou mais uma personagem no teu grande tabuleiro...
Bebe. Não quero. Inconstante. Machista. Racista! Violento! Arrogante. Coitado.
...
[... sem beijos, nem abraços - felizes...]
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