Os olhos do jovem idoso fitavam o reflexo no copo
Ressuscitavam sorrisos fantasmagóricos!
Caveiras ululantes saudavam a madrugada
Ele requebrava e tossia
Galhofas
Distante, olhava o rua
A porta não lhe trazia a esquecida
Buzinas alucinantes e choros medíocres
A vizinhança
Entupia-se a calçada
Toda sorte de tétricos felizes
O velho jovem pedia a conta
O paletó lhe aguardava
A moça viril lhe esperava
O táxi sem rosto também
Os raios de sol se perderam no frio do amanhecer
As fumaças de dois cigarros corriam
Não podiam esperar
Odores impronunciáveis digladiavam-se na cama
Buzinas, cortes de ar, marchas pueris
Sozinho
Voltando enfim para casa
Ainda viúvo
Agora órfão
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