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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Rios de Mágoas: Ondas de dor!

Ao notório Pit e ao sensível Gucci


Os olhos de Vuynda, o dragão Negro, já estavam praticamente imóveis há um dia. Observava cautelosamente os movimentos dos ventos, das nuvens, dos córregos, das aves, dos espíritos... Ele havia visto. Agora, só procurava certezas: ondas de cor clara, uma brancura terrivelmente devastadora, não como neve, algo que queimaria, extinguiria - uma devastação alva - em branco: ao nada. Algo sincero atravessava o velho espírito daquele ser; era medo.
As vozes seguiam piores, agora gritavam e choravam, choravam gritando, em gritos choravam... As visões bem piores, mortos já eram normais, mas agora imagens de santos e crianças, tudo pior! Loucura com forma e som... As marcas profundas, atravessavam Chifre-Negro... E certo dia, pararam. Os espíritos da corruptora haviam cessado o atormentar do impuro; seria pelas chamas rosadas que cresciam dentro da terra? 
Seria o hálito salgado, o cheiro de ferrugem que rugia em algum lugar dos mares? Há incerteza plena dentro de cascos confusos... Os velhos sanguessugas, certos de sua eternidade, agora... coitados? Andarilho de fé: última gênese de uma guerra santa? E os carrascos cegos? Os pequenos tolos? Os dois olhos que veem o Caos, e podem dizer tudo! Eles estão lá! Esperam quem? Por quê?

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