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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Queria te dar uns versos

Queria te dar um poema,
Mas que não fosse um poema exagerado,
Que não fosse atrapalhado,
Nem se que se perdesse em rimas ou rebeldias

O poema que queria te dar
Tinha que ter teu nome no título,
Tuas vogais e consoantes em cada verso,
Fosse deslumbrante como tua essência...

Mas minha caligrafia sofre,
Minha paciência já agoniza,
Meu lirismo e criatividade... Cambaleiam!

Escrever esses comichões e 'frios-na-barriga':
Que dó! Irritante até... E dá pra pensar:
Queria escrever o nome da aflição que sinto; que cresce quando não vou te ver.


 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Suspiros e contemplação

Desenhar sentimentos em versos? Lembrei dela. E as palavras desapareceram. Não sei, tiveram vontade de ter lirismo: palavras que se grudam. O repente... E o silêncio se entrega a vários suspiros... Agonia ou aflição? Devem ser apenas passagens.

 

sábado, 5 de outubro de 2013

Gesetze und Kriege


Cósmico ente de éter!
Um por um, cada dínamo entre os dedos,
Compõe com sabor a carta que não será sua.
Olha, cada foto da ingenuidade:
Cogita um semblante de meiga resposta...

Inibe as sobras da dor,
Que lhe inundam o brasão.
Ergue-se, ainda que torpe,
Remédios para todo estupor espetacular!
Atrito - papel e braços - essência?

Enunciados pregados em cada parte do crânio,
Perfeitamente elaborado, por deuses
Deformados,
Belas criações guardadas
- Um caixão com aroma de tulipas...

Já não enxerga, pesam: asas de chumbo!
Saliva endurecida - mármore fragmentado!
O ventre, inchado, abre-se lentamente:

Trazendo à luz de uma reflexão não usual,
Aquilo que um dia chamarão:
ÁTOMO SINISTRO DA INIQUIDADE ANCESTRAL!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Diabo

Nascer, eis um ato indelével da natureza. Assim pensara, agora. Multiplicidade de mediocridades entre os que compartilham sangue, compartilham uma casa, compartilham uma mesa... Sorrisos.
A mãe, quase que completamente alheia ao que quer que pensassem, era singela e carinhosa com a criança. Crescera nos braços da mãe, que lhe banhava, que lhe vestia, até tentara ensinar-lhe palavras. A família não era pobre. A mãe rica de sentimentos. Nem sempre quis a maternidade, agora era contente com seu martírio.
Pai? Não desejou o filho. Tinha aquela criança em sua casa, apenas. Aberração doente. Somente dava trabalho. Dinheiro para gastar, mulher que não lhe dava mais atenção, tosses e gemidos à noite. Nada que vinha daquela coisa, lhe dava alento. Nada.
Um dia o pequeno, que carregava como filho, adoeceu, antes de completar dez, veio a deixar este mundo. Ele sentiu uma tristeza de protocolo, nenhuma faísca comparada à dor da mãe. As lágrimas foram secas e gélidas.
A noite, ao terminar de jantar, olhava o prato da esposa, ainda cheio, e sentia-se aliviado. Havia alguma culpa ali. Havia contas a pagar. O desgraçado deixou trabalho até depois de ter morrido.

Deus


Retumbante essência eterna!
Cosmo infinito inatingível!

Galguei sincero obséquio,
Domei injúrias latentes,
Alcancei serenidade obliterada...

Sol, Terra, Mar... Escutai!
Sonhei com o instante que se expõe!

O penhor de tal audiência,
Me custará a dúvida de eras,
Ainda, fatídico desígnio,
Clamo por entre estrelas e lua!

Deixai que uma questão brote,
Diante de ti,
Uma resposta,
 Para tirar-me o alento decisivo...

Onde guarda-se a saudade de outrora?
Ínfimo ranger de dentes juvenil?
Destoados, em corpos e senhos?

Hecatombe.
Esquece-me.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A ponta do cigarro!

 O outro pediu um trago. Não mais que isso. Irritação reverberada! Nojo? Insatisfação? Raiva gratuita - incêndio necessário. Aguardou, amargamente, o outro saborear um trago com gosto. Exigiu sua posse de volta, antes que se perdesse. O outro não notara a raiva abrupta e feroz. Aquietou-se e voltou a pragueja e criar sua própria forma heroica, aquele que um dia salvará o mundo. Acendeu outro cigarro.

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