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terça-feira, 10 de outubro de 2017

Os escritos e as pinturas: As insconstâncias dos Versos Rodopiantes

A pintura é do artista português Francisco Santos, se chama "O Escritor". A forma como o tom amarelo se põe em inconstância ao seu redor e às vezes o contamina, nos propõe a doentia sensação que a realidade que nos cerca pode causar - os olhos, a cabeça e as costas são suas partes mais amarelas... Mas há outros tons - imagens? - que o atravessam também! Incompletas cores ou tons inconstantes? A realidade não alcança o nosso caos interior - não de todo - e talvez só dê o fundo daquilo que podemos considerar "verdade"...
Num poema as associações podem ser mantidas.
O contexto ou conjuntura que cerca o poema são como o amarelo do quadro de Francisco Santos, mas aquela parte em que os versos, as combinações de palavras e sentidos, parecem estar perdidos e incoerentes, seriam aquela parte inconstante, ou caótica do quadro - muito permanecerá em um estrondoso mistério silencioso - , contudo carrega toda a essência criativa e única que cada porção unitária daquilo que muitos consideram arte.

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Existem várias realidades, estas são cobertas e, e ou, preenchidas de infindáveis verdades (potencializadas), que se multiplicam em incontáveis camadas inconstantes, que por sua vez são divididas pelas inconstâncias de contatos entre si... Talvez exista uma fórmula para tudo isso.

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Um poema-cósmico é um turbilhão! Tanto pode ser resultado de seus caprichos! Tudo que vivemos e presenciamos é apenas uma fagulha do incêndio que ele é capaz de produzir... Tudo que ali ocorreu e não se completou (uma campanha que não terminou, ou parece não ter tido um final adequado) segue girando de forma imprevisível em seu interior, e tal qual um furacão, pode ser arremessado para longe, ou para perto, produzindo outro resultado inesperado! Nada se perde no mar dos símbolos, no oceano das palavras, nas tempestades de rimas... Alguns desses resultados viram História, outros apenas estórias, alguns lendas e uns raros: Mitos.

 

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