A madura bothan meditava calmamente, tudo tão longe: tempo e espaço; Moh'Zay esperava que algo caísse em sua teia de consciência, finamente tecida por sua tutora: Yshaphadevak...
“No decurso dos séculos tem havido revelações ditas «privadas»,
algumas das quais foram reconhecidas pela autoridade da Igreja. Todavia, não
pertencem ao depósito da fé. O seu papel não é «aperfeiçoar» ou «completar» a
Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente, numa
determinada época da história. Guiado pelo Magistério da Igreja, o sentir dos
fiéis sabe discernir e guardar o que nestas revelações constitui um apelo
autêntico de Cristo ou dos seus santos à Igreja.
A fé
cristã não pode aceitar «revelações» que pretendam ultrapassar ou corrigir a
Revelação de que Cristo é a plenitude. É o caso de certas religiões
não-cristãs, e também de certas seitas recentes. fundadas sobre tais
«revelações».” (Catecismo da Igreja
Católica, §67)
“Neste ponto,
separam-se os caminhos da humanidade: se queres alcançar a paz da alma e a
felicidade, contenta-te com a fé; mas, se queres ser uma discípula da verdade,
então investiga.” (Carta de Friedrich
Nietzsche à irmã Elisabeth, 1865).
No início destes estudos investigar
fenômenos sobrenaturais era uma maneira que encontrei de reforçar minha fé
abalada, ser uma vanguarda nestas pesquisas na nossa igreja, além de contribuir
no combate ao ceticismo que havia se estabelecido em mim, seria uma maneira de
prevenir e até, pretensamente, expurgar o mal junto a minha senda religiosa. Em
alguns anos de progresso, ingressando na fraternidade dos Utópicos, o que faria
avançar muito mais as minhas fontes e pistas, me tornei além de um pesquisador
um investigador de casos criminais sem explicação mundana.
Contrariando minha previsão, a
descoberta da existência de seres paranormais à medida em que fui me tornando
um especialista em ocultismo não me trouxe de volta a fé pura que me foi levada
na infância pela academia. Ontem, com a convicção de que seres nefastos vagavam
por esta terra, ao que parece em considerável maior número do que os seres de
luz ( estes que por sua vez provaram não ser tão retilíneos como eu imaginava)
restava-me questionar a existência de um Deus único, de uma ordem ou propósito
para a humanidade. Hoje, após a visão do que supostamente seria Ele, uma
tríplice entidade coberta por metal e pulsante em eletricidade, exercendo sua
unipresença através de cabos e lentes, e sua uniciência através de chips e hds,
restam-me perturbadores pensamentos sobre esta entidade que nos ronda e
possivelmente nos controla.
Importa-se conosco? Por que motivo
conectou em mim sua Graça?
Att.,
Tateava com seus pesares cada linha de pensamente, cada fluxo de consciência que gotejava para si...
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