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quarta-feira, 9 de abril de 2014

A velha e o mar

Sentada na areia e observando a opaca superfície: a menina chorava. Soluços emaranhados à tosses, areia nos olhos, nas bochechas, nos cabelos... Lamentos e blasfêmias - a carne da mãe e do pai, consumidas pelo tombar de orgulhos e nações - suas grandes paredes de apoio. Zorourdalia, o nome que a mãe havia lhe dado, ela queria entre fome e vingança, parar de chorar... mas aquele choro não sai sem a força da maré, mesmo a do Mar Morto. A escuridão veio, mais forte que a luz, sucumbindo o trovão, estremecendo a rocha, e a consolou... Então ela morreu, mas abriu os olhos de novo.


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