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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Boneca de Barro

Bebe... (QUEBRADOCADA!) Ladeira... (CABRECADOQ)
Olha a bo-ne-ca! Boneneneca!
Restos sujos - pedaços juntados,
Sejos rutos - dapeços tajundos,
Euforia descomunal! Sangue incomum!
Barro puro - sonhos.

Bolo de areia dura! Cacos de porcelana suja!
Asas de libélula! Casa de folha seca - lesmas no tímpano!
Rugido silen-cio-o-so
Regugitado 'vomere'...
'Eu sunt singur'

Bíblia em retalhos improváveis de miséria destituída
de qualquer imagem desfeita entre todos os nossos olhos...


Orquestra abissal desvairadamente toca-me
de todos lados do meu ego oco!


Nada pode 'ah!-ver' dentro de tudo que restitui o nada que há dentro
do próprio vazio de tudo!


Encostas desfeitas ao sol de todos os tempos escondidos na memória
quase morta de cada casa de argila...


Calabouço nosso, sujo e esquecido, defecado - fechado - feridas limpas...
lágrima de sangue entre ossos - sorrindo!


Alguma dádiva foi tirada de teus olhos juvenis que falam tanto
sobre o que as mãos ouvem entre o gosto de toda cor
que se desfaz ao juntar-se com todos os cromos da tua realidade impura!

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