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segunda-feira, 1 de julho de 2019

O SANGUE CAI SOBRE A ALMA?


Nem todos os llaeleses lutam na mesma frente de resistência. Alguns já estão há tempo demais na guerra. Tempo demais.
Baresh Gustamyr é um deles.
Ele foi um antigo mecânico de guerra, durante a luta contra a ocupação, conseguiu escapar da prisão, e como era de se esperar, perdeu os dois filhos, um em batalha, outro, o menor, foi executado junto com a mãe; Jahra, a esposa de Baresh.
Ele nunca foi uma pessoa que pudesse ser considerada de bom coração, mas não era cruel. Reservado talvez, antipático e hostil com certeza. A guerra e as perdas que elas trouxeram, o transformaram.
Ele começou a juntar restos de gigantes a vapor. Sozinho, improvisou uma oficina no alto de uma colina congelada, na área mais pacífica, se disfarçou de cidadão khadorano de segunda categoria, os advindos da ocupação, e começou a trabalhar. Fyabo foi seu primeiro ajudante, um órfão. Dallura e Gruug vieram depois. Em menos de um ano, ele havia montado o seu primeiro gigante de aço, que não tinha o formato comum aos que eram conhecidos. Para testá-lo, atacou um forte com pouco mais de vinte soldados de Khador. Junto com seu grupo, derrotaram todos e tiveram pouquíssimos danos do gigante. Depois fugiram.
Um grupo de órfãs, que viviam em um convento dedicado a Morrow, sobreviventes da ocupação e resistentes, depois de anos de abusos nas mãos de alguns oficiais khadoranos, souberam do ataque de Baresh e seu grupo e os procuraram. Foi questão de tempo para a formação do grupo Águia Branca. Em homenagem a um dos animais que caça no inverno mais rigoroso. As primeiras máquinas foram batizadas de IAVALYN e ARAKTU. Por causa da ligeira semelhança com alguns animais.
Baresh é o líder absoluto, cada vez inspirando mais jovens que escutam falar dos seus ataque a instalações menores dos soldados khadoranos. Em dois anos, foram dez combates, com sete vitórias, duas retiradas e uma declaração de empate. Baresh, o "Testa-de-Aço", é conhecido por algumas brutalidades, como queimar soldados inimigos com óleo quente, fuzilar alguns já rendidos e enforcar aqueles que considera aliados dos inimigos.
Seu grupo, descansava e já estava há uma semana em um acampamento mais ao sul, na fronteira com Ord. Eles escutam a aproximação de soldados de Ord! Avançam e atiram! Há gritos e gemidos! Os soldados do exército do Rei Bandido fogem ou são mortos, mas deixam duas traidoras para trás, uma carrega o brasão dos controladores de gigantes - ou seja, perigosa - e a outra, uma rhul, veste a armadura do reino de seu povo. Baresh tem planos para elas, e manda preparar a forca...

Crédito das imagens: Mr. Werewolf (https://designyoutrust.com/2016/12/bizarre-paintings-of-mecha-robots-attacking-east-european-peasants-of-the-early-20th-century/)

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