Quando tocava música inglesa ele ficava inquieto. Bem diferente de quando tocava música chinesa. Ele lembrava; um ano inteiro ouvindo apenas um idioma, quase esqueceu do seu idioma nativo - tinha uma origem? Parece que sempre estivera ali. Uma imensa casa, muros enormes, o topo de um montanha, cercado de florestas, fazia frio e fazia calor.
O barulho do ar-condicionado não lhe incomodava, nem o rock que saia em português do rádio, muito menos as anotações de esboços e rascunhos de redações intermináveis... sem sentido. A televisão funcionava, mas sempre fora de sintonia.
Era incrivelmente inconsciente como aceitava aquela punição, ou sina - uma transformava-se em outra. Mísero e degradável sentido de ser humano - somente para os "livres". Interminável tolice chamada liberdade! Uma velha piada contada à utopia.
He was really sad that morning. Levantar-se era difícil - o desejo de não-ser, mais forte que a vontade de viver, copular, respirar, comer... ALGO VEIO DE TRÊS CÉUS! TRÊS SINAS E UMA CORDA! Ó DEUS DE TODAS AS LÍNGUAS! AI SENHOR DO RÁDIO! ALGO PRECISA SER FEITO! NÃO QUERO NINGUÉM VIVO, NADA PRA ATRAVESSAR-ME OS ÍMPETOS! MÃE, MÃE, MÃE...
E fugiu.
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