Os reflexos, os sons, a escuridão, o silêncio... Tudo parecia absurdamente igual como antes, contudo, havia tanto padrão que ficara impossível, conceber, uma ideia diferente da que a "trama tecida em moldes" se fazia presente em cada canto de sua vista... Ele não sabia onde poderia parar, como poderia parar, e se iria. Olhou para o céu procurando resposta, fitou os infindáveis horizontes: rios, florestas, estradas... Mas ali, aquele Deus não falava. Onde estaria? Como falar com ele?
Ligou o rádio. Aguardou. Deixou fora de sintonia: o zunido e chiado consumiam o silêncio do quarto com voracidade! Somavam-se as ressonâncias auriculares... nada. Nada por duas longas horas. Nada, e naquele nulo momento pseudo-perfeito, houve um toque de seu deus. Como um leve choque na palma de seus pés. Um silêncio absoluto de relapso, uma falta de ar assustadora. E, por fim, a escuridão plena. O rádio comunicava pequenos elementos, retalhos de enigmas, demandas daquela divindade nulificadora.
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