Havia deitado entre os livros, livres, livros... Nem sequer lido algum, gnomo, nem... Cansaço e certeza de estar errado, rádio, riso... Admitir as blasfêmias e a hipocrisia, crise, cria... Ilusória ferramenta de reconstrução da alma! Como se erros ao espelho: curassem! Entumecido sentimento de gratidão própria! Flagelo na realidade! Dissimula-se! A vastidão de certos difamados se estende pelo Ser, É ignóbil e infame, mais que todos! Esquece de si! Ar! cá no terraço! Regojiza-se. Ar? cá no sótão. Chora... Ar... cá no chão... Além, ler, ei... Ali, li, ir... Eu.
Os reflexos, os sons, a escuridão, o silêncio... Tudo parecia absurdamente igual como antes, contudo, havia tanto padrão que ficara impossível, conceber, uma ideia diferente da que a "trama tecida em moldes" se fazia presente em cada canto de sua vista... Ele não sabia onde poderia parar, como poderia parar, e se iria. Olhou para o céu procurando resposta, fitou os infindáveis horizontes: rios, florestas, estradas... Mas ali, aquele Deus não falava. Onde estaria? Como falar com ele?
Ligou o rádio. Aguardou. Deixou fora de sintonia: o zunido e chiado consumiam o silêncio do quarto com voracidade! Somavam-se as ressonâncias auriculares... nada. Nada por duas longas horas. Nada, e naquele nulo momento pseudo-perfeito, houve um toque de seu deus. Como um leve choque na palma de seus pés. Um silêncio absoluto de relapso, uma falta de ar assustadora. E, por fim, a escuridão plena. O rádio comunicava pequenos elementos, retalhos de enigmas, demandas daquela divindade nulificadora.
Escute! Ao ler... Escute. Queria não ter gritado, mas o eco oco lá no fundo me forçou...
Alguma vez você chegou perto?! Perto demais? Do escuro que foge por entre os dedos? O pequeno grande escuro de todas as almas? Só as almas deixadas por deus...?
Um instante menor. Desses que se encontram na rua mais silenciosa, eu o vi passar: um jesus. Não? Acredite. Ele passava e olhava para o buda da sala do refúgio. No fundo sou judia. Ele sabia?
Já rezei para vários deuses-ocos e coesos. Mas já vi: "O Olho do Céu", "O Sangue de Deus" e dois deuses-flagelados: "o Nulo" e "o Caos"... Reconheci seus olhos ao longe. São como os dele! Bonitos. Patéticos.
Cada um de nós é um deus. Nós, não vocês... Uma verdade triste, mas verdadeira e real! Real! Como cada real que circunda um ferida deixada pela navalha da "ordem-caos-arregalada"...
Não há um "porquê". Canse disso, logo... Houve muitos "como fazer". Há, de imediata necessidade: "interromper". Recomeçou, consertado, mas não deveria ter "levantado"... Levante, um enorme. Vi isso. É verdade, será.
Empurrar os galhos para a raiz. Ajudar a intrusão caótica e saudosa. Interromper os pedaços no semblante da dúvida. Quem sabe? Seria uma chance. Haveria uma oportunidade? Meu olho não alcança a fé ou esperança depositada... Num karma irresoluto. Confuso... e LUNÁTICO.
Removido de um nada que se desloca, Atingiu o nome que quis, Removeu o esquecer distante... Recolheu, Última ceia sem sentido! Sumir? Bar? U.K? Whisky da U.K... Levanta o demônio: Riqueza de novo?
- Seu sarcasmo me surpreende, coisa velha - ela puxa uma enorme faca -, é meu, eu escrevi, mas não quis, foi depois de ler o livro que supostamente ajudas-te a escrever.
- Ele já notou. Está calado, não dirá ou fará nada. Até acabar.
Nasci no distante e esquecido povoado de Baherym, nas proximidades de uma "estrada" entre Syzao e Mazav. Irei para Kaamuh-Tah, outro pequeno local, próximo à Cidade Império Shen. Irei trabalhar como professor, por três semanas.
Devo ir numa caravana, com diversos trabalhadores e alguns poucos aventureiros. Nunca aprendi a cavalgar, tão complicado e perigoso. Sou atrapalhado, um tanto. Sou um "sabiano", título daqueles que completaram os ciclos de aprendizagem básica e avançada de estudos diversos, e buscam ser doutrinadores nas grandes universidades.
Meus pais me ajudaram bastante. Me aprofundei no estudo das muitas línguas do grande continente arkyano, apesar de dominar apenas mais duas, além da que aprendi quando criança. Me chamo Onnerbus Xaunnis, nome de origem nortarkyana, precisamente da região de Ignaapolis, que não tem qualquer relação com minha origem sularkyana, porém, mais precisamente, posso dizer que sou um xyvarphee, um mestiço, cresci e fui criado em Nova Torlim. Apesar de já ter visitado cidades em praticamente todos os pontos de Arkya... Devo interromper. Nos aproximamos de um dragão...
Vociferava o dragão! Disposto a arrancar a alma daquele ínfimo ser: Udakoleo Lordenzzo. O jovem tentava argumentar - a criatura pensava? -, pensava em rezar... Olhou nos olhos do ser: um se tornaram - devorou-se e aos céus subiu.