No horizonte
As distintas curvas
Embreagam
O afortunado se regozija
Sua emoção
Lágrimas e saliva
Se entorpece
Entre as fendas e picos
Na imensidão
O vale revela compaixão
A carne
Outrora símbolo
Agora signo
Repara que deus sim:
Existe
Nossa vã dor:
Divaga
Sem deus
Lancei-me
Ao abraço colérico da entropia
As bochechas divinas
Dois imensos
Macios seios
Doces aréolas
A boca divina
Úmida
Falava a envolver-me
Línguas ofegantes à penumbra
Entre as curvas
Do rosto
Demiurgo
O corpo
A fé
Renasce
Orgamos
Em mim