O andarilho e o incauto desastre interior... VIII

Escadas. Algumas escadas. Muitas escadas...

- Meu Deus! Eu pensei que não havia um hospital tão alto! Já devemos ter subido uns 12 andares!

- Não estamos mais no hospital, Sandro...

- Mas como? Apenas começamos a subir as escadas de emergência e... Alguma passagem secreta para outro  prédio?

- Não... Estamos apenas em outro lugar... Ao final dessa escadaria, estaremos onde precisarei da sua ajuda...

Sandro apenas acena com a cabeça, não consegue entender, mas acredita que é melhor não procurar entender... E apenas continua subindo os degraus de mármore!

- Não, irmão não tem nada. - Carlla fala com desdém ao mendigo ao seu lado, que estende a mão e abre um sorriso malicioso cheio de dentes quebrados e sujos... Mas Ed se assusta ao perceber que ele não sai, mesmo depois da afirmativa ríspida da parceira... Ele olha nos olhos do pedinte e percebe o forte tom escarlate!

- É um deles, Grandona... É um deles... - Ed comenta baixo e continua tomando café. Carlla se vira, diante da revelação do amigo, olha para o mendigo:

- Para conseguir controlar facilmente um invólucro mortal, você deve ter uma tremenda disciplina em incorporação, mas para não conseguir se manifestar fisicamente, provavelmente é muito fraco, ou não quer briga... O que você quer?

A resposta não vem com palavras. O soco da criatura acerta o rosto de Carlla! É muito rápido e forte! A potência do golpe é suficiente para arremessá-la duas mesas depois, provavelmente inconsciente! Ed se levanta! E puxa seu revólver 38, com apenas duas balas e dispara certeiramente nos olhos da criatura! Na verdade, do mendigo, mas agora, a criatura não pode ver também! E ela grita dentro do invólucro! Grita bastante! As pessoas na rua ou correm ou observam - assustadas! Aleck e Kanashiro chegam rapidamente ao local, seguindo os gritos... Kanashiro salta sobre o agressor com um golpe similar ao que utilizou na Baba! Ele recua, Aleck salta  encosta sua mão sobre a cabeça da criatura, enquanto realizava orações rápidas: a criatura começa a pegar fogo! uiva de dor! e olha para todos...

- Isso foi apenas um aviso... Logo, ele será nosso... Aaaaaaaaaaaaaaaaaaargh!!!

Apenas cinzas e uma gosma com cheiro de carne queimada - o que resta na calçada...

Padre Ferreira se aproxima de Sandro... Ele observa o rosto do rapaz... Ele sabe que ele está longe, mas pretende descobrir onde. Ele coloca a cabeça de Sandro em seu colo e toca em sua testa; então começa a rezar... Sandro para de subir as escadas.

- O que foi? - Assustado e presumindo, pergunta Gabriel...

- Nada... É que... Tem alguém me chamando...

- Não é nada! Continue! Vamos, já estamos perto...

- Mas... Parece uma oração... É uma voz conhecida...

- Padre! Pare com isso! Eu sei que você está por perto! Me escute: Pare! Vocês perderam por ora! Apenas deixe-me terminar! - Gabriel vocifera contra o vazio... Mas com toda certeza, Padre Ferreira pode ouvir...

- Desculpe, senhor Gabriel, mas não posso continuar... Minhas pernas... Estou com muito sono... - Sandro cai de joelhos e seus olhos pesam bastante...

Sandro começa a abrir os olhos e vê rapidamente o rosto de Padre Ferreira, mas fecha novamente os olhos e vê os degraus da escada de mármore... Muito sono... Estaria sonhando?

Gabriel segura a testa de Sandro! E olha nos olhos dele! De repente o semblante de Gabriel surge diante de Padre Ferreira!

- Dessa vez não!

Ela!

Leve! Voando! (fuga de todos os sentidos...)
Fugindo! (mais rápido que qualquer zagueiro!)
Corre pra lá! (dribla um!)
Corre pra cá! (dribla outro!)
Chutão! (longe da minha área!)
Passinho! (sem pressa... vai que entra!)
Lá vem ela... Não perde... (na calma! passa logo!)
Pelo amor de Deus... Entra! (é agora! tem que entrar!)
É gol! (GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL! TOMA-TEEEEE!)
É ela! (Foi sem querer... Foi obra dela! Só ela!)
Meu Deus! É ela! (Santa bolinha querida!)

Momentos para sempre!

Algumas partidas de futebol são mais do uma simples partida. São jogos que são jogados por toda eternidade. Momentos singulares de glória ou frustração que serão para todo sempre lembrados, passando de fato para um mito... Isso aconteceu com o 'Maracanazo' (derrota do Brasil para o Uruguai em 1950) - mais que um jogo - uma tragédia para todos os brasileiros... Para os torcedores do Paysandu, como eu, conhecemos um episódio singular: 'A Conquista de La Bombonera', o épico jogo da Libertadores de 2003 contra o Boca Juniors lá na Argentina... Esses momentos são reconhecidos mais por suas alcunhas do que pelos nomes das equipes envolvidas. Eduardo Galeano, em 'O Futebol ao Sol e à Sombra', comenta que esses acontecimentos marcam um estádio para todo sempre, e se instalam em suas estruturas e fundações, de modo que se você adentrar um estádio vazio, onde ocorreu uma sacralização como esta, poderá ouvir os sons das arquibancadas e do campo que ficou marcado pelas linhas temporais da eternidade, em que o fato está condenado a virar mito...

Eis um exemplo, 'A batalha dos Aflitos' (Grêmio X Náutico, pela série B do brasileiro de 2005):

Três músicas sobre futebol!

A primeira música de futebol que ouvi, na década de 90, e não se tratava de um hino ou louvação advinda do próprio clube, foi a música do Skank, 'Uma partida de futebol'... Muito boa e desenvolvida... Gostei mesmo!

Depois, como muitos de minha geração, procurei ouvir músicas de décadas anteriores, de meus pais, e foi quando descobri 'Filho Maravilha' ou 'Fio Maravilha' de Jorgen Ben ou Jorgen Ben Jor... Fantástica! Muito boa... Comovente até... E então, bem mais tarde, ouvi o Flicts, uma banda de punk, tocar 'Lá se vai o campeonato'! Três momentos distintos! Todos possíveis pelo futebol! Tentei elaborar uma ordem lógicas, não cronológica, das três músicas, é claro que existem muitas outras sobre o assunto, mas percebo esta: Skank com uma saudação formidável ao 'jogo de bola', depois Jorge Ben Jor com excelente marco de um instante, o orgasmo do futebol, e depois Flicts com aquele momento que nenhum torcedor gosta, mas que acontece também; a derrota.

The blood rain/das Blut regen/крові дощ

the pain... and the smile
A hand...
dropping... And dropping...
pain... pain... pain...
On the earth...
The dead tree...
the rain is falling...
and still fallen...
pain... pain... pain...


den Schmerz ... und das Lächeln
Eine Hand ...
fallen ... Und fallen ...
Schmerzen ... Schmerzen ... Schmerzen ...
Auf der Erde ...
Der tote Baum ...
der regen fällt ...
und immer noch gefallen ...
Schmerzen ... Schmerzen ... Schmerzen ...


біль ... і посмішка
Сторони ...
восени ... І падати ...
Біль ... Біль ... Біль ...
На Землі ...
Мертве дерево ...
дощ ...
впав і до цих пір ...
Біль ... Біль ... Біль ...

(...)

Fidelidade... Aí, vamos TODOS!

Não comentarei o blá-blá-blá antropológico, literário, pós-moderno, filosófico..., que existe no futebol! O negócio será mais direto e simples: a relação entre pessoas pode ser análoga a relação de torcedor e seu clube?! Sejamos mais claros: será que podemos ser fiéis de fato? Se amamos dois clubes?! Poderíamos amar duas mulheres?! Você já se fez essa, ridícula e relevante, pergunta?

Sem entrar em discussões psicológicas que podem acabar por dizer coisas insanas! Mas todos os times, a grande maioria deles, melhor dizendo, possuem uma analogia masculina: o Papão, o Leão, o Tricolor, o Timão... E muitos héteros batem no peito afirmando amar um Colorado, um Bugre, um Galo... Tá! Tá! Tá! Vão dizer: é time! Nada a ver! Tem sim... Perguntem aos psicólogos...

Mas deixemos isso de lado e voltemos a discussão de fidelidade:

Nelson Rodrigues abordava o Fluminense como um verdadeiro amor! Uma amante para depois da vida! Mas olhava para o lado... Quando o Santos exibia-se com todas as suas estrelas! Elogiava até o rival Flamengo quando ele estava lá fazendo frente ao tricolor... Mas seu amor era incondicional para com o Fluminense...

Tive um amigo que não torce para nenhum time paraense... Só torce para o Santos... Não chega nem a ser um "mixto/misto" (apelido dado aos hereges torcedores de dois times!)... Por mais que ele não trate o Santos lá com todo amor, revela tratá-lo como trata a maioria de suas namoradas... (Tomara que ele não leia isso... Nem elas!)

Conheço muitos torcedores do Clube do Remo e do Paysandu que possuem amor também por outros dois clubes: geralmente de São Paulo e Rio de Janeiro (conheço um macapaense desgraçado que não torce pra nenhum time da terra dele, só para o Cruzeiro e faz algumas juras de amor com o Remo... Vai ser desgraçado assim lá no Oiapoque!)... Teriam esses torcedores, também, condutas adversas em seus relacionamentos? Pobres namoradas e esposas? Claro que não, muitas delas também são torcedoras de corações divididos...

O futebol e o povo brasileiro - cada vez mais parecidos! Observem: o pessoal do Sul e do Sudeste tendem a ter só um time... (como eu!) Por isso se valorizam e desvalorizam os outros... Nós, nortistas, somos mais abertos e perdoamos essas ofensas infantis enquanto nos divertimos com as alegrias deles! (Eu não me incluo... Apesar de ter sido palmerense na infância... Mas acabou o amor, era a amante, e continuei com minha paixão eterna: Papão!)

Eu, como um bom fiel, só tenho um time... E uma mulher... (Eu sei que ela vai ler isso!)

O jogo mais FOD* da Copa de 2006... Só pra ilustrar...

Timor Leste - O Massacre que o mundo não viu

Fácil sem ver? Fácil sem saber?!

Esse documentário nos faz pensar: só houve holocausto judeu de crueldade no mundo?

É, porque diversos latinos, sul-americanos, brasileiros... Sentem tanta dor pelos judeus (nada contra o povo de Moisés - o valente e resistente povo de Moisés!), que eu me pergunto: as outras dores do mundo são menores?!

Parabéns à Lucélia Santos...

Defensores de judeus: assistam! E pensem em pessoas advindas de florestas tropicais como as nossas, de pele parda como a nossa... Antes de sentirem as dores dos judeus!

O andarilho e o incauto desastre interior... VII

- Arcano...?! Quem é você? Eu não estou em Caiena? Não mais... Certo?!

- Por que tantas perguntas senhor Cohesi... Eu pensei que já tivesse entendido...

- Entender o quê? Eu... Estava em Caiena... E agora estou em um... Um hospital?! Certo...?!

- Sim, Sandro Cohesi, você está... Me chamo... Bom, pode me chamar de Gabriel Mawé... Se preferir...

- Onde estão meus parentes? Minha mãe? Meu irmão?! Todos foram avisados?!

- Não se preocupe... Logo, você poderá voltar pra casa, mas antes preciso que me ajude...

- De novo essa história?! Antes tinha que ajudar um padre... Uma gorda braba... E agora o que é?!

- De fato - sorrindo - Eles também estavam precisando de você, mas porque querem que você evite algo... E eu quero que isso se realize... Sandro, você, felizmente ou infelizmente, depende muito do referencial em questão, pode falar em qualquer língua que escute falar, estude as mínimas referências teóricas, rapidamente você desenvolve um idioma... Você pode pensar que isso é normal em algumas pessoas... Mas você está enganado... E preciso que você leia e uma língua que, ainda, não posso compreender... É só isso... Mas você precisa vir comigo... Não se preocupe... Ninguém nos verá saindo...

- Falar?! Qualquer língua?! Bom, eu tenho fluência em algumas... Mas estude bastante e...

- Não discuta senhor Cohesi... Você precisa me ajudar e lhe explicarei tudo o que o senhor precisa saber... Só para lhe adiantar, este dom que o senhor recebeu, acabou lhe prendendo em dimensões, bolsões espaço-temporais, divergentes... Quando "um" dos dois fica inconsciente... O outro desperta... Resta saber... Quem é o verdadeiro... Mas antes disso... Você me ajudará. Simples.

- Então... Não percamos tempo...

Carlla olha para o teto. Sua cabeça dói. O gosto amargo de cerveja e nicotina lhe incomodam bastante... Ela olha para Ed no colchonete ao lado da cama onde ela está... As latinhas e cobrem boa parte do amigo... Ela sorri...

- Porra, o Padre deve tá meio aborrecido com a gente... Mas, porra, fazia tempo que não ficava chapado desse jeito... Tu tá bem, Grandona?

- Porra, Ed... Tou com uma ressaca muito escrota... Bora tomar um café... Depois a gente vai lá com ele... Tá foda, parceiro... Preciso tomar alguma coisa pra passar essa dor...

Eles se levantam. E as ações posteriores são automáticas, ainda que desengonçadas. Mas, enfim, conseguem sair do hotel e vão para algum lugar que sirva café na hora do almoço.

Um mendigo, o senhor Duvaille, teve uma vida boa, que fora degenerada pelo álcool, ele foi um militar... E agora lhe restava andar pelas ruas de Caiena... Pedindo... Para mais e mais... Não lembrava mais nem o nome dos dois filhos... E nem sequer lembrava do rosto da última mulher... Diante dele apenas o gramado e os bancos da praça... E uma voz vinda de um buraco, pequeno, cavado na areia escura, criado a partir de uma motivação obscura, até então, sem sentido... E do buraco... Novas motivações:

- Senhor Duvaille... O que restou... Nada além de trapos... Sua cabeça não tem mais uma semana de resistência... Mas seu corpo ainda pode me servir...

- O quê?! Quem é?!

As pessoas, poucas que passam, olham com desdém para o pedindo que conversa alto com o buraco... Ele se abaixa e aproxima o ouvido e a boca da terra escura da praça...

- O que aconteceu não importa... Sigamos a vida... Ou ela irá nos arrastar... No seu caso... Apenas aceite... E que Deus, ou qualquer outra coisa, tenha piedade da sua alma...

- Por quê?!

O mendigo começa a se contorcer e babar! A cabeça entorta! Outros mendigos por perto observam... Um parceiro de bebida tenta ajudá-lo... Enfim, ele para de se tremer... E os olhos se abrem... Ele se levanta e vai em direção ao Padre Ed e a Irmã Carlla que passaram por ele minutos atrás... E agora comem e bebem na calçada de um estabelecimento...

Aleck conversa sobre a viagem com Padre Ferreira, ela conta que discutira com Gabriel noites anteriores... Ele sabe que ela está confusa ainda... Mas tenta convencê-la que o antigo amigo está equivocado... Alex apenas dorme... A viagem fora extremamente desconfortável... Ele ouve o ranger de dentes... Sente um cheiro asqueroso de baba de bêbado... Ele se levanta assustado! Passa pela sala, chamando a atenção de Padre e de Aleck, e abre a janela mais próxima!

- Tem alguém com o senhor, Padre?!

- Sim, meu filho, dois outros membros da ordem...

Aleck observa que aquele comportamento irritada... Ele cortara a conversa!

- O que está acontecendo, agora, rapaz?

- Aleck, precisamos encontrá-los! Eles correm perigo! É sério...

- Eu disse que ele era diferente, minha filha...

- Tá bom, Padre, mas ele ainda é novo e afoito... Vamos rapaz, mostre-me como podemos salvá-los...

- Eu?! Bom... Isso... Isso... Eu não sei... Mas... Mas... Eles estão em perigo e...

- Tá! Já sei... Vamos...

O Padre olha paternalmente par aos dois que saem apressados: Aleck e Alex... Ele sorri, mas ao olhar para ao relógio que aponta onze horas da manhã, e depois para Sandro que ainda está dormindo... Ele percebe que há algo errado... Ele segura o pulso de Sandro e seus olhos se arregalam! Ele está acordado... Em outro lugar... Mas está acordado! Quem o encontrou?

TAXIDERMIA

O quão o grotesco pode ser convidativo?!

O quão a arte pode estar a seu serviço?!

TAXIDERMIA... É uma boa forma de prever isso... Ou se complicar mais ainda...


Gyorgy Palfi's grotesque tale of three generations of men, including an obese speed eater, an embalmer of gigantic cats, and a man who shoots fire out of his penis. (imdb.com)

Drugi po słynnej "Czkawce" film Györgyego Pilskiego. Utrzymana w groteskowej stylistyce opowieść o trzech pokoleniach mężczyzn. Niezwykle barwny krąg postaci tworzą austro-węgierski żołnierz i seksoholik Vendel Morosgoványi, jego syn Kálmán Balatony - właściciel olbrzymich kotów, a zarazem mistrz świata w... jedzeniu na czas oraz wnuk, Lajoska Balatony marzący o nieśmiertelności preparator zwierząt. (filmweb.pl)

Mi abuelo

Mi abuelo era español
Yo no tenía su sangre
Mi abuelo era español
Yo quería ser como él

nunca quiso ser blanco
nunca quiso ser español
pero quería ser fuerte como él
quería estar sobrio
como había sido siempre

No sé lo que soy
Voy a ser como él
si no en esta vida
tal vez en otra vida
sin españoles
o incluso sin ser blanco

pero tal vez
al igual que mi abuelo

Recomenda-se: que a leitura seja obrigatória!

Posto aqui as leituras "recomendadas" pela UFPA... Faço uma observação: NÃO COLOCAREI BENEDICTO MONTEIRO NEM DALCÍDIO JURANDIR, são autores paraenses, o ideal seria procurar suas obras em bibliotecas e sebos, assim resgatar o pouco que resta... Fora isso: aproveitem!

O PRANTO DE MARIA PARDA

I-JUCA-PIRAMA

O NAVIO NEGREIRO

QUATRO CRÔNICAS DE OLAVO BILAC

DOIS CONTOS PARAENSES

A VIAGEM DO ELEFANTE

*OBS: CLICAR NA IMAGEM PARA FAZER O DOWNLOAD! BOA LEITURA!

O Inimigo: Uma versão...

Independente do que você acredita ou não gostaria de acreditar, eis um documentário interessante... É sempre importante ouvir diversas versões da mesma história, você nunca sabe o que pode ser de fato real... Resta saber até onde vai a verdade, ou por onde passa a mentira...

OUTRO E O OUTRO

sem SAL - um por cima do outro: deserto, seco... Detritos!

no CÉU - um por cima do outro: voando! puro... almejando!

e o CIO - um por cima do outro! por baixo, pelo lado, pra dentro e por fora!

com SOL - um por cima do outro - suando, ardendo! Olho!

 p'ro SUL - um por cima do outro! longe! de longe... Para longe...

Algumas palavras da Estônia... SEARCH (by Kati) / BUSCA

yought excitement
fluttering rustle
seek for rode
through the water
over the hill
with all my force
soul is missing
to see unseen
thirst for knowledge
please,please
help me...
to be healthy
face with smile
feel happiness
pure soul
carry in me
expected harmony
missed balance


(Katrin Lipstok)


excitação jovem
ruídos esvoaçantes

Cavalguei para buscar
através das àguas
sobre o monte
com toda minha força


A alma está faltando
para ver invisível
sede de conhecimento


por favor, por favor
me ajude ...


ser saudável
rosto com sorriso
sentir felicidade
alma pura


carrego em mim
harmonia esperada
equilíbrio perdido


(tradução por Breno Muinhos)


*Imagens: Delinquentes e J.M.K.E

Paljud Küünised / Muitas garras

Pühap ...
Pühap pime ...

ei Pühap ...
mõned silmad ...

minu mõtted ...
palju küünised,
peaaegu sõdalane

Sol ...
Sol encoberto ...

Sol algum...
alguns olhos ...

Meus pensamentos ...
garras muitas,
quase um guerreiro

To be a worm...

I'll teach you about my god!
The great god in the small things!
How do you pray for your father?


A worm on my teeth... I can fell it!
Could you smell it?!
Worm... War... Worm... War...
Can you hear my stomach...

A little monster...
A great god...
In the teeth...
Poor skull!
In the oblivion... With no vision...

Ele e a 'oficina de sabão'...

Eis que o Governo do Estado põe-se a tornar-se um herói! Sim, eu diria, um GRANDE herói! Não dá mais o peixe ao homem! Agora está a ensinar o homem a pescar! E a caçar! E a lavar... TUDO! Grande empreendimentos que condicionam a sociedade a equivalências de uma verdadeira polis de primeiro mundo!

Ele acabou de salvar a vida de Marcelo Abraão Oliveira da Silva, conhecido como M'Ab T.U.T.B! Este jovem de pouco mais de 15 anos, acabou de criar seu plano de vida! Pois veja que a sua escola foi beneficiada por um magistral programa do governo de nosso estado: a OFICINA DE SABÃO! (Acho que um curso de ALQUIMIA MODERNA seria mais adequado...)

M'Ab, sem sombra de qualquer fator duvidoso, é o mais presente de todas as aulas! Os ministrantes precisam se roer por dentro para evitar a confusão! Ele quer saber doses corretas de todos os ingredientes necessários em suas criações magníficas! Os pais já não sabem se é orgulho ou preocupação: o garoto compra livros de química (se é que de fato compra...)!

Ele até deixou de consumir entorpecentes... Todos!

Os amigos se preocupam...

Os amigos se animam!

Pouco tempo depois, M'Ab não precisa comprar mais de ninguém! Ele faz! Da forma como querem! Dizem até que vai sair da cidade, parece que seu trabalho chamou a atenção de grandões de outros cantos! E ele vai trabalhar fora! Para o orgulho e a preocupação dos pais!

Mais um jovem salvo pelo Governo do Estado! Para que a OPOSIÇÃO engula suas asneiras e reconsidere o seu papel ridículo de questionar tudo...