Pesquisar este blog

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CONTO: Combate, sangue e vinho...

A última garrafa de Cantina da Serra estava quase ao fim, e certamente teria destino das duas anteriores... O Narrador permanecia sóbreo, mas estava pouco disposto a continuar a sessão, Gil Eller apenas passava a limpo sua planilha e Naryga irritava-se com Papa por não conseguir vencê-lo no xadrez!
E então, Wilson surgiu do nada! Ele parecia afobado! Apressado! Estava com a camisa de botões suja de sangue e com os olhos esbugalhados! Ele pedia por ajuda! Os colegas, inicialmente, imaginaram uma brincadeira, mais uma! Mas depois viram que ele falava sério... Ou parecia falar... Naryga sugeriu que ele se sentasse, mas ele recusou, Gil pediu para que ele bebesse um pouco de água, também fora recusada... Por fim, Papa e o Narrador pediram para que ele contasse o que ocorrera... Ele balbuciou coisas como batida de carro e bebida, mas pouco fazia sentido! Mas em meio aos seus olhares perplexos e confusos, ele fixou os olhos no nariz de Papa... Antes de terminar última frase, ele agarrou Papa e desfeiru um forte dentada no nariz do pobre colega! Papa urrou! Gil, Naryga e o Narrador saltaram sobre Wilson e usaram toda força para tirá-lo de cima de Papa! Ele lutava! Quando conseguiram, Papa foi ao chão segurando o nariz e gritando! O sangue tomou o local! O cheiro era mais presente que a própria sujeira que estava na mesa, no chão, na parede e na camisa dos colegas! As pupilas dos olhos de Wilson queriam desaparecer... Não havia dúvida... Gil pegou a faca que o Narrador guardava e cravou no peito de Wilson! O sangue sujou todos! Wilson gritou de forma gutural! Até Papa parou de chorar com som emitido pelo colega... Todos sentiram um forte aperto no peito e uma dor na garganta, que trancava o choro, menos Gustavo que acordava em sua casa, sem saber o motivo, e começava a chorar...

CONTO: Pedidos!

Fharyllamy dançava próxima ao fogo... Em seu estado de êxtase ao dançar, ela pedia à deusa da natureza por dias melhores, ela pedia à deusa dos elfos por uma companhia que lhe desse uma vida simples, porém feliz! Ela dançava, calmamente, ao som dos tambores de seu povo! Os Ngancosy vinham de todas as partes de Arton, a maioria deles eram meio-elfos como Fharyllamy - e todos dançavam, comiam e bebiam naquela noite de festejo! Após o término da canção, a jovem meio-elfa se sentou em uma pedra e aguardou por um parceiro que viesse convidá-la a dançar próxima canção... Ela era humilde, bondosa e órfã e vivia com uma família que utilizava seus serviços de babá... Agora ela apenas aguardava... Então, ela ouviu passos acelerados que vinham do alto do monte! Os passos foram aumentando e o som era próximo! Ela viu o pequeno Goblin vir em sua direção - ele estava ofegante, parecia já estar correndo bastante, e parecia tonto - ele se aproximou da jovem bela meio-elfa e desabou... Ela tentou segurar a cabeça de Barbuycarut, mas só pode levantá-la depois que ele atingiu o solo com força. Não havia mais ninguém ao redor vendo tal inusitada cena! Mesmo assim ela olhou em volta, antes de arrastar o Goblin para próximo de uma fogueira...

CONTO: Anseios...

Barbuycarut, o Goblin escavador, era sempre o último a sair das minas... Sempre esperançoso em encontrar algo sozinho! Para não ter que dividir o dinheiro com ninguém! Ninguém! Não tinha família mesmo... E ele queria comprar um terreno longe daquele lugar! Queria se sentir livre! Livre!
Ele continuou escavando e escavando continuamente... O sol já era somente uma mancha que se apagava no céu azul escuro - quese completamente enegrecido... A medida que o domínio de Azgher acabava, o de Tenebra iniciaria... Então, Barbuycarut sentiu o chão tremer depois de sua última picaretada, e tremer de novo! Não parecia um terremoto! Mas tremia! Ele olhou em volta para ver se podia compartilhar seu susto com mais alguém! Mas... Estava só...
Desceu apressadamente o monte, deixando ferramentas e provisões para trás, e observou repetidas vezes o que podia estar atrás dele ou causando o tremor... Enfim, ele viu: uma enorme criatura! Três ou quatroorcs não possuiam o tamanho de tal criatura! Era desproporcional e todo remendado de carnes e ossos... No ombro havia um homem sentado com um manto escuro que lhe cobria quase todo o rosto!
E então, as pedras começaram a rolar! Nem o clérigo no ombro do golem de ossos, nem a própria criatura haviam notado a presença do Goblin... Barbuycarut apenas correu para salvar a própria vida!

CONTO: Pedidos e anseios...

Jallafhar acendeu todas as velas que estavam cabalisticamente dispostas para o ritual. Ele revisou os textos que seriam necessários, observou cautelosamente todos os ingredientes necessários (cabeças de bodes, ferraduras, dedos de crianças, cinzas de mortos...) e se concentrou...
Leen parece ter ouvido as preces do seu servo! Os esqueletos fétidos e rachados em volta de Jallafhar começaram a se reunir de forma grotesca e lenta... Mas após horas de ritual... O Golem de Ossos estava de pé! Pronto para obdecer Jallafhar, clérigo de Leen, o deus da morte!

Contatos